Governo dá 1º passo para requalificação da Praça do Reggae

O governo da Bahia deu início ao processo de requalificação da Praça do Reggae, equipamento cultural localizado no Pelourinho que está desativado desde 2011.O executivo estadual divulgou, na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial do Estado, o aviso de licitação para a contratação de empresa de engenharia para a elaboração de projetos executivos para a reforma do espaço. A ação está sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa).Leia mais>> Praça do Reggae vive expectativa de reforma e reabertura>> Governo abre suplementação de R$ 5,7 mi para ampliar metrô de Salvador>> Jerônimo quer fazer mudanças no transporte público da Bahia; entendaEsta é a segunda tentativa de iniciar o processo de reestruturação do local. Em outubro de 2023, o Ipac abriu licitação e a empresa Paulo Beltrão Projetos e Construções Ltda venceu a concorrência para elaborar os estudos para a reforma por R$ 99 mil. Porém, em abril desta ano, as partes rescindiram o contrato.DegradaçãoHá mais de 10 anos fechada, a Praça do Reggae se tornou um depósito de lixo e um banheiro a céu aberto. Quem passa pelo local nos dias de hoje não imagina que por ali já tocaram grandes nomes da música da Bahia e do mundo como Gregory Isaacs, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Sine Calmon, Edson Gomes, Lazzo Matumbi, Adão Negro, entre outros.Inaugurado em 1999, o espaço cultural tinha capacidade de abrigar um público de mais de 1 mil pessoas e ficava constantemente lotado em seu auge, na primeira década deste século.”A liberação da licitação para elaboração do projeto executivo para a requalificação da Praça do Reggae é um passo fundamental para a preservação e valorização desse espaço tão simbólico para a cultura baiana e a memória do Pelourinho. Nosso objetivo é garantir que a intervenção respeite a história do local, ao mesmo tempo em que promove melhorias que beneficiem a comunidade e os visitantes. Assim que assumi a direção do IPAC, umas das primeiras reuniões que participei foi com lideranças que reivindicam a requalificação da praça e esse foi um compromisso firmado por essa gestão.”, disse Marcelo Lemos, diretor-geral do Ipac.Alisson Sodré, diretor executivo da Associação Comunitária Alzira do Conforto, instituição que combate a intolerância religiosa no Pelourinho, comemora a publicação: “Esta publicação é um marco. A Praça do Reggae se caracterizou ao longo dos anos como um espaço de fortalecimento da cultura negra. Quando o Governo se sensibiliza com a causa da música reggae, é muito significativo, porque entendemos que a sociedade está sendo ouvida”, afirmou.