RN é o 2º do Brasil em economia inovadora

O Rio Grande do Norte é o 2º estado do país com economia mais inovadora, ficando atrás apenas de São Paulo, segundo o Ibid (Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento), elaborado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O estudo é inédito e foi criado este ano pelo governo federal para servir como indicador oficial de inovação, numa tentativa de mapear os líderes regionais e nacional em inovação, além de identificar desafios e oferecer métricas detalhadas de cada um dos 27 estados brasileiros.

“Tudo isso vem da decisão de uma governadora que acreditou na ciência, que acreditou num professor que sabia fazer a gestão da ciência, lhe deu autonomia e usou isso para alavancar a Fapern [Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN]. Recebemos a Fundação com 17 profissionais e hoje temos mais de 60, recebemos sem fundo e hoje temos um dos melhores do estado e mais regulamentados do país”, avalia Gilton Sampaio, diretor-presidente da Fapern.

O Ibid possui um total de 74 indicadores estatísticos, que serão divulgados anualmente, trazendo sempre os dados mais recentes do ano anterior. No caso do Ibid 2024, as estatísticas foram elaboradas a partir dos dados de todo o ano de 2023.

São Paulo (1º) apresenta o melhor desempenho em ‘Economia’, puxado pela pontuação em ‘Investimento’ e ‘Indústria, comércio e serviços’. Em seguida, está o Rio Grande do Norte (2º), que lidera em ‘Crédito’, já o Paraná (3º) se destacou em ‘Investimento’.

Governadora Fátima Bezerra assina projetos de lei para recomposição salarial do funcionalismo público estadual I Foto: Sandro Menezes/Assecom-RN
A unidade do IERN Natal oferecerá dois cursos técnicos integrados ao ensino médio, sendo eles Técnico em Rede de Computadores e Técnico em Química I Foto: Sandro Menezes

O bom resultado no levantamento também é atribuído pelo presidente da Fapern a algumas medidas específicas: como a autonomia financeira da instituição, a assinatura do novo Plano de Cargos e Salários da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) pela governadora Fátima Bezerra (PT), a implantação do Parque Tecnológico do Estado, o PAX, a criação e construção dos Institutos Estaduais de Educação (IERNs), além da atuação do Governo do Estado na área de inovação e tecnologia, estimulando parcerias internacionais para as energias renováveis e infovias.

Investir no Rio Grande do Norte hoje é investir na segunda economia mais inovadora do país. As nossa energias renováveis, o Pax, o nosso sistema de Ciência e Tecnologia com universidades e Institutos Federais em todos os territórios, fundação de amparo atuando e articulando governo, sociedade e empresariado, faz do Rio Grande do Norte um lugar pulsante pela ciência“, acrescenta Gilton Sampaio.

No ranking nacional, considerando todos os 74 indicadores estatísticos, o Rio Grande do Norte fica em 11º lugar, liderando os estados do Norte e Nordeste. São Paulo aparece em destaque como campeão nacional em inovação, com pontuação que supera o dobro da obtida por Santa Catarina, que ocupa a 2ª posição no ranking geral. Paraná (3ª posição), Rio de Janeiro (4ª) e Rio Grande do Sul (5ª) são as cinco economias mais inovadoras do Brasil.

RN líder regional

O levantamento ainda mostra que as economias do Nordeste apresentaram desempenho de inovação acima do esperado, diante do patamar de desenvolvimento econômico, com destaque para ‘sustentabilidade’, ‘crédito’ e ‘investimento em inovação’ e ‘criação de conhecimento’.

O RN está em 1º lugar dentre Norte e Nordeste, em 2º vem Pernambuco, com destaque para ‘economia criativa’, depois vem o Ceará (3º), Bahia (4º) e Sergipe (5º), dentre os cinco melhores colocados dentre os estados das duas regiões.

No gráfico abaixo, cada região recebe uma cor diferente para facilitar a localização. O Norte está identificado com a cor verde, o Nordeste em amarelo, o Sudeste em azul, o Sul em rosa e Centro-Oeste em marrom.

Demais regiões

No Sudeste, São Paulo lidera 40 dos 74 indicadores e nos sete pilares de inovação. No Sul, Santa Catarina lidera nos indicadores de ‘conhecimento e tecnologia’ e ‘economia criativa’. O Paraná surge em 2º ugar.

Já o Centro-Oeste é liderado por Brasília, com destaque para ‘capital humano’ e ‘infraestrutura’, em segundo lugar aparece o estado de Goiás, que obteve melhor pontuação no quesito ‘inovação na economia’.

No Norte, aparecem os estados do Tocantins e Amazonas, praticamente empatados tecnicamente. Porém, Tocantins se destaca pela inovação em ‘instituições’ e ‘economia’, com atuação semelhante a de estados do Centro-Oeste, que segue a lógica do agronegócio. Enquanto isso, a Amazônia se diferencia pela escala de parque de mercado, com ‘absorção’ e ‘difusão de conhecimento’. A região apresenta alta densidade tecnológica influenciada pela Zona Franca de Manaus.

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