Leia Também:
Cinema Negro e último filme de Léa Garcia marcam fim do Panorama
Estúdio de Turma da Mônica vai adotar medidas contra tirinhas de IA
Ator de Round 6, de 80 anos, é condenado à prisão por assédio sexual
O músico não hesitou em defender que deseja morrer antes que algum filme sobre sua vida ganhe os cinemas. “Eu posso imaginar eu escrever um livro e isso ser transformado num filme. Eu iria ficar achando um pesadelo. Não tenho a menor vontade de ver. Acho que historicamente vai ser necessário que isso ocorra, talvez depois de minha morte, mas que eu não esteja vivo para ver pelo amor de Deus. Acho muito deprimente”, acrescentou.Essa visão crítica sobre adaptações cinematográficas surgiu ainda na infância. O desapontamento não se limita apenas a cinebiografias, mas também a adaptações de obras literárias. “Eu já via isso quando eu era criança, quando eu li toda [a obra] do Monteiro Lobato. De repente, você tinha o Monteiro Lobato na televisão, e para mim era um pesadelo, você transformar aquela imagem que está em seu abstrato e ela ser roubada de seu abstrato e ser substanciada pela televisão”, explicou.Lobão explica que consome cinema apenas como uma forma de escapar da realidade. Dessa forma, as cinebiografias são algo que não lhe despertam nem um pingo de interesse. “Eu jamais perderia um minuto da minha vida curioso para ver uma cinebiografia, seja de quem for. ‘Olha a cinebiografia do Jimi Hendrix’, eu nunca vou ver, porque é claro que vou ficar decepcionado, é óbvio. Pode ser um gênio, o diretor, o ator, mas sempre vai ficar muito aquém da realidade”, pontuou.