O Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está com inscrições abertas para um estudo clínico voltado ao cuidado de mulheres que enfrentam os impactos da menopausa e não podem fazer uso da reposição hormonal devido a um histórico de câncer de mama. A pesquisa propõe uma abordagem terapêutica alternativa e segura, com foco na melhoria da qualidade de vida dessas pacientes.
Sob coordenação da professora Nicoli Serquiz e orientação da professora Ana Katherine Gonçalves, ambas do Departamento de Tocoginecologia (DTG) da UFRN, o estudo investiga os efeitos da técnica de Radiofrequência Fracionada Microablativa (RFFMA) sobre a função sexual e a microbiota vaginal de mulheres que convivem com a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM).
O método terapêutico se baseia na aplicação de ondas eletromagnéticas que estimulam a produção natural de colágeno e favorecem a regeneração dos tecidos vaginais. A expectativa é que o tratamento reduza sintomas como ressecamento, dor durante o ato sexual e desconforto urinário,que impactam significativamente a vida de muitas mulheres no período pós-menopausa.
Podem se candidatar ao estudo mulheres com idades entre 40 e 65 anos, que tenham superado o câncer de mama e estejam apresentando sinais da SGM. As participantes receberão três sessões do procedimento, com intervalo de 28 a 40 dias entre elas. O acompanhamento inclui avaliações clínicas detalhadas antes do início do tratamento, após cada sessão e seis meses depois da última aplicação. Nesse intervalo, serão realizadas coletas de material biológico, consultas médicas, exames e entrevistas com questionários padronizados.
As atividades são realizadas na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN), em Natal, e contam com o suporte de uma equipe multiprofissional formada por ginecologistas e pesquisadoras especializadas. As interessadas podem se inscrever até o dia 1º de julho por meio de um formulário online. Dúvidas e mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (84) 98117-8048.
“Essa iniciativa busca não apenas oferecer um novo caminho terapêutico para mulheres que não podem utilizar hormônios, mas também ampliar o conhecimento científico sobre alternativas eficazes no enfrentamento da SGM”, explica a assessoria do CCS.
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