Francisco cobra gesto de Zenaide com PT: “Aliança precisa de reciprocidade”

A possibilidade de uma dobradinha para o Senado entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD) ainda está em aberto, mas, para o deputado estadual Francisco do PT, líder do governo na Assembleia Legislativa, há um componente essencial para que ela se concretize: reciprocidade política.

Francisco afirmou que tem uma boa relação pessoal com Zenaide, reconhece sua atuação alinhada ao campo progressista e ao governo Lula, mas ponderou que alianças não se constroem apenas de um lado.
Ele afirmou que, até agora, não houve nenhum gesto de aproximação política da senadora ou do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), com o PT.

“A senadora Zenaide é um grande quadro, mas a aliança só se sustenta se for construída coletivamente. E, nesse momento, há uma dificuldade real de diálogo político entre o prefeito de Mossoró e o nosso partido”, disse, em entrevista à rádio Cidade nesta terça-feira 20.

Francisco reforçou que, se Zenaide decidir integrar à chapa com Fátima, haverá entusiasmo dentro do PT, mas alertou que o processo exige gestos políticos mútuos. “Alianças não se decretam. Elas se constroem”, concluiu o deputado estadual.

Segundo o deputado, a governadora deve mesmo se lançar candidata ao Senado em 2026, por solicitação direta do presidente Lula e com apoio interno consolidado. Fátima já ocupou o Senado, mas abriu mão do mandato para disputar o Governo do Estado em 2018.

Francisco relembrou os salários atrasados, as dívidas com fornecedores, o sistema penitenciário em crise e a segurança pública paralisada. Ele afirmou que a governadora já demonstrou coragem em diversas ocasiões e que, ao se preparar para disputar novamente o Senado, mantém o mesmo espírito de enfrentamento.

Com a saída prevista de Fátima em abril de 2026, o vice-governador Walter Alves (MDB) assumirá o governo. Segundo Francisco, tanto Walter quanto o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), informaram a interlocutores do governo que não pretendem disputar o cargo. Isso abriu caminho para que o nome do atual secretário de Fazenda, Cadu Xavier, ganhasse força como pré-candidato da base governista.

Francisco disse que o nome de Cadu não é uma imposição e que sua aceitação dentro do PT e entre os movimentos sociais tem crescido de forma natural.

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