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De acordo com os pesquisadores, o exame avalia pistas importantes e permite identificar sinais que caracterizam o transtorno do espectro autista (TEA) em 80% dos casos. O exame tem ainda maior precisão em casos com níveis altos de necessidade de suporte. O objetivo do teste é antecipar os diagnósticos para permitir que as crianças tenham atendimento adequado desde as primeiras etapas de seu desenvolvimento.“A maioria dos pais de crianças com autismo relatam ter tido preocupações antes do segundo aniversário, mas a idade média de um diagnóstico de autismo nos EUA é de 4 a 5 anos”, diz o neurocientista Warren Jones.Como funciona o exameBebês com idades entre 16 e 30 meses (1 ano e 4 meses a 2 anos e meio) são o público-alvo do exame.No teste, os bebês assistem 14 vídeos curtos enquanto as câmeras captam a movimentação dos olhos. Enquanto isso, o sistema analisa, em tempo real, os padrões de atenção das crianças, comparando reações típicas e atípicas.Os estudos indicam que crianças com desenvolvimento típico direcionam o olhar para rostos e interações humanas, enquanto crianças com autismo tendem a focar em objetos, ignorando elementos sociais relevantes.“Medimos a maneira como as crianças olham e aprendem sobre o mundo a uma taxa de 120 vezes por segundo usando tecnologia de rastreamento ocular. A maneira como crianças com autismo vivenciam os vídeos é notavelmente diferente: elas olham para outros lugares, muitas vezes para objetos em vez de pessoas, e perdem milhares de oportunidades de aprendizado social”, diz Klin em entrevista à Universidade Emory.Quanto custa?O equipamento custa cerca de US$ 7 mil dólares (aproximadamente R$ 40 mil) e cada exame custa US$ 225 (R$ 1,2 mil).Vai chegar ao Brasil?Ainda não há previsão de quando o teste chegará ao Brasil.