Técnico do CSA cobra postura e revela o que pesou na primeira derrota na Série C

O CSA perdeu a invencibilidade na Série C ao cair por 1 a 0 para o Ypiranga neste domingo (3) no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim (RS). Após a partida, o técnico Higo Magalhães não poupou palavras e fez um desabafo sobre a atuação do time, criticando a falta de intensidade e atenção.

Era um jogo de competição, de força, de competir pela bola, competir pelos espaços. Nós deixamos de ser, principalmente no primeiro tempo, aquela equipe intensa, competitiva, que o jogo pedia, o adversário pedia. Sempre que vem jogar aqui é dessa forma. Tomamos um gol de bola parada, de perda de duelo, o adversário foi feliz.

Questionado se o estado do gramado atrapalhou o estilo de jogo da equipe, o técnico foi direto ao rechaçar qualquer tipo de justificativa.

— Não [atrapalhou]. O que atrapalhou mesmo foi que nós não competimos da maneira que o jogo pede. É lógico que a bola fica mais rápida, com mais vida, mas a gente tem que se adaptar a qualquer situação. Estamos no Brasileiro da Série C. Jogar no Rei Pelé, hoje, nos dá uma condição muito favorável ao nosso jogo. Quando jogar fora, a gente vai ter que se adaptar ao que oferece o campo.

Com a derrota, o CSA estaciona nos cinco pontos e cai para a 10ª posição, podendo ainda ser ultrapassado pelo São Bernardo, que recebe o Londrina. O cenário liga o sinal de alerta, mas Higo já mira a recuperação na próxima rodada, quando enfrenta o Maringá, no domingo (11), no Rei Pelé, que vale a volta ao G-8 da Série C.

Nós temos que entender, agora, que temos um jogo em casa que é crucial. O fator casa tem feito a diferença na Série C, e nós vamos continuar a nossa caminhada. O nível de cobrança é alto, o nível de exigência é alto, para a gente conseguir na próxima rodada nos colocar dentro do G-8, que é o que importa para nós.

Veja outros trechos da entrevista:

Questão física

— A gente faz um rastreamento para ver qual a condição dos atletas. E entramos pra campo com aquilo que imaginávamos em termos de recuperação. Se acusasse alguma coisa, a gente pensaria em algo diferente.

Nível de atuação abaixo

— Quando as coisas não acontecem, a gente não pode se apegar nas desculpas. Até porque eu nunca trabalhei dessa forma, sempre assumo todas as responsabilidades que me cabem. Realmente, não fizemos aqui o que o jogo pedia hoje e pagamos pelo mau resultado.

Importância da bola parada

— Perdemos muito a segunda bola, a nossa ação estava tardia. Nós deixamos o adversário se impor dentro da área. Se a gente fizer uma análise geral de uns três anos para cá, o que tem definido a maioria dos jogos é a bola parada. Nós temos que aumentar esse nível de atenção, porque esse detalhe tem feito a diferença, a favor e contra.

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