O Rio Grande do Norte fechou o mês de março com saldo negativo de 1.918 vagas de emprego com carteira assinada, segundo dados divulgados na última quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Apesar do revés em março, o acumulado do ano é positivo. De janeiro a março, o estado contabiliza um saldo de 399 novas vagas formais, fruto de 63.598 admissões e 63.199 demissões no período.
A tendência é regional. Entre os nove estados da região, apenas Bahia, Piauí e Maranhão apresentaram criação líquida de vagas formais no mês. No total, o Nordeste contabilizou 483.677 admissões e 496.716 desligamentos, o que representa um saldo negativo de 13.039 postos de trabalho com carteira assinada.
A desaceleração na geração de empregos em março é uma tendência nacional. A economia brasileira gerou 71,6 mil empregos formais no mês. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve um queda de 71%, conforme dados oficiais.
No Rio Grande do Norte, o principal impacto veio do setor agropecuário e das cidades do interior do estado, que concentraram os maiores números de demissões formais. Ao todo, foram registradas 20.418 admissões e 22.336 desligamentos no mês.
Setor agropecuário lidera as perdas
A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o setor que mais perdeu postos de trabalho em março, com um saldo negativo de 2.116 vagas. O número reflete a sazonalidade do setor rural, além da instabilidade enfrentada por pequenos e médios produtores.
O setor agropecuário tem papel fundamental na economia do Rio Grande do Norte, especialmente nas regiões do interior, onde sustenta milhares de postos de trabalho. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), atividades como a fruticultura irrigada, a pesca e a pecuária são responsáveis por movimentar a economia de diversos municípios, empregando diretamente e indiretamente mais de 100 mil pessoas no estado
A indústria geral também apresentou queda, com 605 vagas a menos, enquanto o comércio teve saldo praticamente estável, com apenas 1 vaga negativa. Por outro lado, os setores de serviços (+314) e construção civil (+490) ajudaram a amortecer o resultado geral.
Cidades do interior concentram demissões
Municípios do interior do RN foram os mais afetados pelas demissões. Os piores saldos de março ocorreram em:
- Mossoró: -1.026
- Arez: -646
- Baía Formosa: -426
- Apodi: -414
- Currais Novos: -166
Já entre os municípios com desempenho positivo, Parnamirim liderou a geração de empregos, com 356 novas vagas, seguido de São Gonçalo do Amarante, com 197.
Confira os dados completos do Caged aqui.
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