Coronel ou flanelinha? Quem é o PM preso em show de Jorge e Mateus

Cobrança por vagas de estacionamento em eventos lotados virou rotina em várias cidades brasileiras. Muitas vezes tratada como uma simples informalidade, essa prática pode esconder esquemas mais organizados e até comandados por figuras de autoridade. Em Manaus, um caso recente escancarou essa realidade de forma chocante.O tenente-coronel Eddie César de Souza Cordeiro, personagem conhecido no Amazonas por seu envolvimento em controvérsias anteriores, foi preso no último sábado (25/4) após ser flagrado em uma situação inusitada: ele tentava garantir a liberação de quatro homens detidos por cobrar dinheiro de motoristas que estacionavam em vias públicas nas proximidades da Arena da Amazônia, onde acontecia um show da dupla sertaneja Jorge e Mateus.CONTEÚDO RELACIONADOCaramelo: cavalo símbolo da enchente no RS ganha nova vidaFaculdade expulsa 12 alunos por faixa com apologia ao estuproNavio parte da China rumo ao Brasil com 7 mil carros elétricosCOBRANÇA ILEGALSegundo a Polícia Civil, os “flanelinhas” estavam exigindo até R$ 50 de quem queria parar seus carros nas imediações do estádio. A cobrança, considerada extorsiva, motivou a operação policial após denúncias anônimas. A surpresa foi a aparição do próprio coronel na delegacia, tentando justificar a atuação dos suspeitos. “Eles trabalhavam sob seu comando”, teria dito Eddie César, segundo os agentes.Quer mais notícias nacionais? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.O oficial, no entanto, se recusou a seguir as orientações dos policiais civis, insistindo em permanecer no local e pressionar pela liberação dos detidos. A atitude acabou levando à sua prisão por desobediência e obstrução da Justiça. Todos os envolvidos, incluindo o tenente-coronel, permanecem detidos no 19º Distrito Integrado de Polícia.DENÚNCIAS DE ASSÉDIO SEXUALO nome de Eddie César não é novidade nos registros de condutas polêmicas. Em 2019, ele foi afastado da direção do Colégio da Polícia Militar do Amazonas após acusações de assédio sexual contra alunas. Em um dos áudios que vieram à tona na época, o coronel fazia declarações de teor íntimo e sugeria encontros sexuais em grupo, segundo denúncias divulgadas pela imprensa local.
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