O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, pediu demissão nesta quarta-feira 23. O anúncio da saída ocorreu horas depois de a Polícia Federal deflagar uma operação para investigar um esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do instituto.
Até agora, o valor estimado em cobranças irregulares desde 2016 pode chegar a R$ 8 bilhões, segundo auditoria da CGU.
Em coletiva de imprensa nesta manhã, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, afirmou que a investigação da “Operação Sem Desconto” apontou que os descontos de mensalidades associativas concedidos pelo INSS saltaram de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024.
“Identificamos que a maioria dos aposentados de uma amostra não reconhecia que havia autorizado descontos”, disse o ministro.
A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária. Três pessoas foram presas, e três continuavam foragidas até o início da tarde desta quarta-feira, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Durante a operação, artigos de luxo foram apreendidos, como carros.
Além disso, foram afastados seis servidores, entre eles, o presidente do INSS.