Natal recebe, a partir de 24 de abril, uma temporada especial do Grupo Moitará — referência nacional em pesquisa com máscaras teatrais — com o projeto “A BUSCA, trocas, acessibilidade e pesquisa”. A ação marca o início da circulação nordestina do grupo carioca, que há 36 anos constrói uma trajetória singular nas artes cênicas.
Com apoio da Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz, o projeto desembarca na cidade com uma programação que vai muito além da cena: encontros criativos, oficinas, rodas de conversa e espetáculos com acessibilidade e foco nas ancestralidades femininas apresentam a proposta.
No palco da Casa da Ribeira, nos dias 2, 3 e 4 de maio, será apresentado o espetáculo A BUSCA, em versão bilíngue (Libras e português), que propõe uma jornada simbólica pelos arquétipos femininos — divino, animal e humano — refletindo sobre nossas relações com o mundo e com a natureza. A peça usa, além da Língua Brasileira de Sinais, o Visual Vernacular (VV), linguagem visual-poética das línguas de sinais que transforma o corpo em narrativa.
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Além do espetáculo, o Grupo realiza:
· Palestra-Espetáculo “A máscara na energia do ator/atriz” – 26 de abril, às 19h, no Espaço Facetas (TeceSol). Com cenas e debate sobre a linguagem da máscara teatral.
· Oficina de Máscara Teatral – 28, 29 e 30 de abril, das 14h às 18h, no Departamento de Artes da UFRN.
· Oficina de Visual Vernacular (VV) – 3 e 4 de maio, das 10h às 12h, na Casa da Ribeira.
· Roda de Conversa sobre acessibilidade cultural – 2 de maio, após a apresentação, com artistas surdos e ouvintes.
Todas as atividades têm entrada gratuita, com exceção das sessões do espetáculo (R$ 30 inteiros / R$ 15 meia), sendo que uma delas será mediante doação de alimentos.
A passagem por Natal também envolve vivências com os coletivos Casa de Zoé e Estação, e entrevistas com mulheres benzedeiras da região — parte do processo criativo do próximo espetáculo do Moitará, que encerra uma trilogia iniciada com Imagens da Quimera e seguida por A BUSCA.
Depois da capital potiguar, o grupo segue para o Maranhão, onde continua sua pesquisa com as quebradeiras de coco babaçu, aprofundando seu mergulho nos saberes e lutas das mulheres do Brasil profundo.
