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Com a decisão, fica confirmado que a Arquidiocese tem poder sobre os pedidos da Irmandade do Bonfim. Dessa forma, as mudanças administrativas pedidas pelo grupo perdem força, incluindo a decisão pela assinatura da Carteira de Trabalho do padre Edson Menezes, pároco da Basílica.Em nota, a Arquidiocese informou que recebeu a decisão com “tranquilidade”, ciente da possibilidade de recurso. A instituição afirmou que esta é a decisão “mais correta e justa”. Relembre o casoEm maio de 2023, um novo juiz da Irmandade determinou uma série de exigências ao padre Edson Menezes, há 16 anos à frente da Basílica do Senhor do Bonfim. No documento, assinado pelo juiz Jorge Nunes Contreiras, estava a determinação para que o padre fosse registrado como empregado da Irmandade, devendo entregar a carteira de trabalho para as devidas anotações. O valor relacionado com o seu trabalho foi calculado em quatro salários mínimos, R$ 5.280.O padre Edson Menezes ainda ficaria proibido de tomar posse de valores relacionados às coletas diárias feitas pela igreja, em especial da sexta-feira, que também consideraria os cofres laterais da Basílica usados para a coleta de dinheiro dos fiéis. O pároco ainda teria que colocar um fim no comércio de itens, como a água benta, nas dependências do lugar religioso.Em agosto de 2023, o padre Edson Menezes, que cuidava de projetos na gestão da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim, em Salvador, deixou a função após decisão de intervenção da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Na ocasião, foi determinado ainda o afastamento do juiz da Irmandade, Jorge Nunes Contreiras.Com isso, o padre Edson Menezes deixou o cargo de capelão da Devoção, mas seguiu como reitor da Basílica, podendo celebrar missas.No início de novembro daquele mesmo ano, a intervenção na Irmandade do Senhor do Bonfim foi suspensa após decisão liminar concedida pela Justiça. Uma semana depois, o TJ-BA derrubou a liminar.