Aos 25 anos de idade, o jovem Jaelson da Silva Souza vive, ao lado da esposa, Eduarda Silva de Oliveira, o pior dos dramas. O sequestro de um filho. Com apenas 15 dias de vida, Ana Beatriz, filha do casal, foi levada dos braços da mãe, na pequena Novo Lino, cidade a pouco menos de 100 quilômetros da capital, Maceió.
Jaelson, que estava em São Paulo onde trabalhava como motorista, voltou na madrugada de hoje para casa, e conversou com a repórter Maria Maciel, da TV Pajuçara. Ele sequer chegou a conhecer a filha, que nasceu enquanto ele estava fora.
Em meio à angústia da espera por notícias e precisando dar apoio à esposa, Jaelson diz que “a ficha ainda não caiu”, mas está cheio de expectativas e esperança. “Quero dar entrevista com minha filha no colo”.
“Ela nasceu depois que eu cheguei lá [em São Paulo]. Aí não consegui ver ela pessoalmente. Só por foto, chamada [de vídeo]”, conta o pai de Ana Beatriz, com um olhar vago, de quem ainda não acredita no drama que está vivendo.
Na entrevista exclusiva à TV Pajuçara, Joelson afirma não ter a menor pista de quem poderiam ser os sequestradores ou a motivação.
“Eu tenho 25 anos de idade. Não tenho nenhum intrigado. Quando eu chego é só para fazer amizade. Lá [em São Paulo] o pessoal tá todo mundo abalado. Alguns queriam vir, mas não pôde, infelizmente”, conta Jaelson.
Ele faz um apelo aos sequestradores. “Fazer um apelo para quem está com ela. Onde estiver. Se não quiser entregar, bota ela num lugar que a gente vai buscar”.
As buscas continuam, e o jovem pai mantém a esperança. “Tá aí na mão de Jesus. Segundamente nas mãos da polícia, das autoridades, talvez a gente consiga encontrar ela. Mas eu tenho fé em Jesus que a gente vai conseguir encontrar ela e fazer uma entrevista com ela aqui no meu colo”, diz, confiante.
ASSISTA A UM TRECHO DA ENTREVISTA
PROTESTO E INVESTIGAÇÕES
Na manhã deste sábado, moradores da cidade fizeram um protesto cobrando uma resposta das autoridades.
As forças policiais continuam as buscas e investigações. A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso segue sob sigilo para não comprometer o trabalho da polícia.
O Ministério da Justiça já incluiu o nome de Ana Beatriz no “Amber Alert” — um sistema internacional de emergência que ajuda a localizar pessoas desaparecidas.