Ato dia 1º de abril lembra 61 anos do golpe de 64 e pede prisão para Bolsonaro

No próximo dia 1º de abril, movimentos populares, sindicatos e organizações políticas realizam um ato público em Natal, reafirmando a necessidade de justiça contra os crimes da ditadura militar e as ameaças à democracia no Brasil. Com o mote “Prisão para Bolsonaro e punição para os golpistas e fascistas de ontem e de hoje”, a mobilização acontece a partir das 13h na Praça do Relógio, no bairro do Alecrim, espaço historicamente marcado por lutas democráticas como as Diretas Já e a campanha pela Anistia.

O ato terá um caráter político e cultural, com caminhada pelas ruas do bairro e realização de uma batalha de rap. A manifestação destaca que os crimes da ditadura militar (1964–1985) seguem impunes e denuncia como essa ausência de responsabilização permitiu que novas tentativas de ruptura democrática surgissem, como os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

No Rio Grande do Norte, o evento homenageará os mortos e desaparecidos políticos da ditadura, lembrando nomes de Anatália de Souza Alves de Melo, Édson Neves Quaresma, Emmanuel Bezerra dos Santos, Gerardo Magela Fernandes Torres da Costa, Hiram de Lima Pereira, José Silton Pinheiro, Lígia Maria Salgado Nóbrega, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Luís Pinheiro, Virgílio Gomes da Silva e Zoé Lucas de Brito, além de denunciar as mortes de Djalma Maranhão, no exílio, e de Glênio Sá, em circunstâncias suspeitas. O bancário José Campelo Filho também será lembrado.

Os organizadores ressaltam que a impunidade dos crimes do passado fortalece os ataques do presente. Por isso, o ato reafirma a necessidade de punição não apenas dos torturadores e agentes do regime militar, mas também dos responsáveis pelos atos de 8 de janeiro, incluindo Jair Bolsonaro e os setores militares que atuaram contra a democracia. Realizada após o Supremo Tribunal Federal tornar Bolsonaro réu pelos ataques ao sistema eleitoral e pela incitação ao golpe, a mobilização reforça a urgência de responsabilização dos envolvidos nas tentativas de subverter a ordem democrática no país.

A mobilização é organizada por diversas entidades e movimentos, incluindo o Comitê Estadual por Memória, Verdade e Justiça do RN (CEV), o Comitê Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (COEDHUCI), o Sindicato dos Bancários, o Movimento Olga Benário, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), além de partidos políticos (UP, PCR, PSTU, PSOL, PCBR e PCdoB), Centrais Sindicais (CSP-Conlutas e CTB) e organizações estudantis (UJR, UJC, Emancipa, Juntos e UJS).

A manifestação faz parte de uma série de atividades em todo o país para marcar os 61 anos do golpe militar, reafirmando que sem memória, verdade e justiça, a democracia seguirá ameaçada.

The post Ato dia 1º de abril lembra 61 anos do golpe de 64 e pede prisão para Bolsonaro appeared first on Saiba Mais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.