O Rio Grande do Sul poderá enfrentar um fenômeno climático incomum neste fim de semana: a chamada “chuva preta”. De acordo com a MetSul Meteorologia, essa precipitação escura pode ocorrer devido à grande quantidade de fuligem presente na atmosfera, proveniente das queimadas que assolam a Bolívia e a Amazônia brasileira. A fumaça dessas queimadas, transportada por correntes de jato em baixos níveis da atmosfera, está se concentrando sobre o Sul do Brasil, criando as condições ideais para a ocorrência desse fenômeno.
A previsão é que uma frente fria avance pelo estado, trazendo chuva em várias regiões. No entanto, devido à alta concentração de material particulado na atmosfera, essa chuva pode vir acompanhada de fuligem, resultando na precipitação de água escura ou preta em diversas localidades.
Esse tipo de chuva, embora raro, já foi registrado em outras partes do mundo e é um forte indicativo de poluição atmosférica. A fuligem, composta principalmente de partículas finas de carbono, é resultado da combustão incompleta de materiais orgânicos, como madeira e resíduos agrícolas, e pode causar danos ao meio ambiente e à infraestrutura urbana.
A previsão aponta que as áreas mais afetadas pela chuva preta no Rio Grande do Sul podem incluir o Oeste, Sul e Centro do estado, onde a frente fria estará mais ativa. As autoridades recomendam que a população fique atenta, pois a chuva pode deixar resíduos de fuligem em superfícies expostas, como veículos e edifícios, gerando manchas e sujeira.
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