Styvenson entra no PSDB chutando a porta e rompe com Fátima Bezerra

A filiação do senador Styvenson Valentim ao PSDB movimentou o cenário político do Rio Grande do Norte e levantou dúvidas sobre o futuro do partido no estado. Atualmente, a legenda é comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, e integra a base da governadora Fátima Bezerra (PT) e do vice-governador Walter Alves (MDB). Nos bastidores, o PSDB vinha articulando uma aliança eleitoral com o governo para as eleições de 2026, mas a chegada de Styvenson pode alterar essa configuração.

Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o senador afirmou que sua entrada na sigla representa um rompimento com o governo estadual. “A única coisa que eu vou dizer é que eu não participo do governo Fátima. Não sou base do governo Fátima, mas nem vou ficar no partido que é do governo Fátima, entendeu? Então ele está sabendo já”, declarou.

Styvenson é aliado do senador Rogério Marinho (PL), do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e do atual prefeito da capital, Paulinho Freire (União Brasil). O grupo trabalha na construção de uma chapa para enfrentar o palanque governista nas eleições de 2026, o que coloca o PSDB em uma encruzilhada.

Até então, Ezequiel Ferreira negociava a manutenção da aliança com Fátima e Walter Alves, o que poderia resultar em apoio à reeleição da governadora ou ao lançamento de um nome do MDB, como o próprio vice-governador. Com a filiação de Styvenson e sua declaração pública de oposição ao governo, a condução do PSDB para 2026 se tornou uma incógnita.

A definição do posicionamento tucano dependerá dos próximos movimentos internos do partido e das articulações entre seus principais líderes. Enquanto isso, a entrada de Styvenson no PSDB fortalece o bloco de oposição e pode reconfigurar a disputa pelo Governo do Estado.

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