Rogério afasta Agripino, Álvaro e Alysson: “Afinidade é com Paulinho e Styvenson”

O senador Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte e liderança bolsonarista no Estado, deixou claro que está construindo sua pré-candidatura ao governo estadual com um grupo político reduzido, deixando de fora lideranças expressivas que estiveram reunidas nas últimas eleições em Natal.

Segundo ele, as principais alianças do PL para 2026 são com o prefeito eleito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), e com o senador Styvenson Valentim (Podemos), deixando em segundo plano nomes da política estadual como o ex-senador José Agripino, atual presidente do União Brasil no RN, e os prefeitos Álvaro Dias (Republicanos) e Allyson Bezerra (União Brasil).

“Hoje temos uma relação de afinidade política e de compromisso com o prefeito Paulinho Freire e com o senador Styvenson Valentim. Temos um acordo entre nós de que a candidatura ao governo do Estado e as candidaturas majoritárias serão trabalhadas de comum acordo”, afirmou Rogério, deixando de fora aliados potenciais do centro-direita.

“Falei especificamente no prefeito Paulinho Freire e não falei no seu partido, porque eu sei que o partido tem uma posição heterogênea, não é uma posição fechada”, disse ele, fazendo menção que o União Brasil, liderado por Agripino, contabiliza nomes como Álvaro Dias ou Allyson Bezerra como candidatos potenciais ao governo.

“Existem outras aspirações que, oportunamente, serão levadas em consideração. Mas, o mais importante, além dessa construção e de você ter a responsabilidade de ser propositivo, é a conexão com o eleitor. Ninguém pode ser candidato de si mesmo”, afirmou o senador.

EM CAMPO. Enquanto sinaliza preferências para alianças políticas por um lado, por outro, Rogério elegeu o mês de março para começar a construir sua candidatura. “Em março, vamos percorrer o Estado com um projeto chamado Rota 22. Vamos a todas as regiões do RN para relembrar a população o que representou para o Rio Grande do Norte o período em que Bolsonaro esteve na presidência, as obras, as ações, os impactos que ocorreram e que estão sendo colhidos agora ou que foram colhidos anteriormente”, explicou.

O senador enfatizou a necessidade de planejamento em sua caminhada. “Vamos fazer um levantamento das principais potencialidades do Estado, verificar quais são as dificuldades, para formatar um plano de governo. O PL tem a responsabilidade, inclusive, de se colocar de maneira propositiva diante do desgoverno, do descalabro, da catástrofe que ocorre hoje no RN”, destacou.

Ele sai na frente dos potenciais concorrentes, Álvaro Dias e Allyson Bezerra, e potenciais candidatos ao governo, buscando uma conexão direta com a população e consolidando alianças que considera essenciais para viabilizar sua candidatura. “O mais importante, além dessa construção e de você ter a responsabilidade de ser propositivo, é essa conexão com o eleitor. Ninguém pode ser candidato de si mesmo”, concluiu.

“Não posso dar nota à gestão Álvaro por desconhecer situação fiscal da PMN”

O senador Rogério Marinho evitou dar uma nota à gestão do prefeito Álvaro Dias, alegando não ter conhecimento detalhado da situação fiscal da Prefeitura. “Eu não posso dar uma nota porque eu não sei de que forma sai aí a questão de finanças, da questão fiscal do município. Eu realmente não tenho acesso a esses dados. Mas acho que, de uma maneira geral, positivo”, declarou.

Ainda assim, ele ressaltou as parcerias que manteve com a Prefeitura de Natal durante sua atuação como ministro do Desenvolvimento Regional no governo Jair Bolsonaro (PL) e, posteriormente, como senador. E listou uma série de realizações importantes que contaram com seu apoio.

“Tive a oportunidade de ser parceiro da Prefeitura de Natal. Várias obras importantes que estão sendo entregues, e estão em construção, tiveram a nossa ajuda, como a engorda de Ponta Negra, a Pedra do Rosário, toda aquela revitalização. As ruas drenadas e pavimentadas da Zona Norte, o acesso do Pontilhão de Cidade Nova, do Planalto, asfaltamento na cidade, as obras de infraestrutura remanescentes da Copa, que nós liberamos várias, dezenas de milhões de reais para resolver a questão das lagoas”, detalhou.

Apesar do reconhecimento, a declaração de desconhecimento da situação fiscal da Prefeitura soa como uma forma de precaução por parte de Rogério, especialmente em um cenário em que ele e Álvaro podem se encontrar em lados opostos na disputa política em 2026. A postura pode ser vista como uma “carta de seguro” para eventuais críticas futuras à gestão de Álvaro.

Rogério também fez questão de destacar o saldo positivo das obras realizadas na cidade. “Tivemos aí a nossa participação e acho que a obra sai com um saldo positivo em termos de legado de obras”, afirmou o senador, deixando aberta a possibilidade de divergências futuras, especialmente no campo eleitoral.

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