Empresas baianas ampliam negócios em feira voltada para lojistas

Produtos para casa, obras de arte usadas na decoração de ambientes, incensos, aromas e outros produtos comercializados por importadoras e marcas baianas estão expostos na maior feira de negócios B2B (de empresas para empresas) do setor de casa e decoração da América Latina, a ABCasa Fair, que começou nesta quarta-feira, 14, e segue até sábado, 17, no Expo Center Norte, em São Paulo.O evento, realizado anualmente nos meses de fevereiro e agosto, representa mais de 80% do mercado de casa e decoração e, nesta edição, reúne 370 expositores. O setor gera cerca de R$ 54 bilhões em produção local e R$ 96 bilhões em vendas no varejo, segundo a Pesquisa Setorial IEMI e ABCasa.Entre os participantes, está a importadora soteropolitana Entrecasa, que trabalha com produtos desenvolvidos na China, Índia e Turquia, a exemplo de itens de melamina e acrílico para piscina, cerâmica, madeira e vidro, em diversos formatos. Presente da feira desde 2018, o diretor da marca, Hélio Lemos, explica de que forma eventos como este impactam positivamente o negócio.“Temos todo o centro de distribuição da empresa em Salvador e um showroom permanente aqui em São Paulo, que funciona o ano inteiro e só é desmontado no período das feiras. Nós atendemos o Brasil inteiro através de Salvador, mas São Paulo é o coração do país quando se trata de negócios. A gente vende para lojistas e atacadistas, que vêm e conhecem a coleção nova, fazem pedidos e aí começamos a entregar para estes clientes”, destaca.Os compradores da feira atuam como revendedores e distribuidores dos produtos para o cliente final. De acordo com a pesquisa setorial, a Bahia possuía, em 2022, 2.398 pontos de venda de complementos do imobiliário, 2.244 de artigos de uso doméstico e pessoal, 926 de presentes, suvenires, celebrações e tabacaria e 735 de artigos decorativos.Nesta última categoria, está a dupla de designers Tarsis Fernandes e Thiago Lima, sócios do Studio L, que funciona na cidade de Feira de Santana e comercializa artigos decorativos como esculturas de parede e colares. Segundo Tarsis, as feiras são uma oportunidade de oferecer lançamentos para os clientes, formados sobretudo por lojistas dos setores de decoração e de imóveis.“É sempre interessante, não só pelo período da feira, claro, mas o período após o evento, porque a gente acaba tendo um contato mais próximo com os clientes e fazendo um pós-venda através disso. Durante a feira, eles podem conhecer as peças pessoalmente, a qualidade, o acabamento e o material, para depois comprar pelo catálogo”, revela.

Tarsis Fernandes destaca a importância do pós-venda

|  Foto: Divulgação

Hélio e Tarsis concordam que a ABCasa Fair é responsável por uma grande parte do faturamento das empresas em relação ao resto do semestre. Enquanto a Entrecasa alcança 70% do faturamento semestral, o Studio L consegue um resultado semelhante ao de quatro meses de trabalho.Rio Grande do Sul na BahiaAlém das marcas criadas por baianos, a feira conta com a presença de uma empresa criada por uma gaúcha em Salvador. Trata-se da Flores Cerveira, criada por quem dá nome a ela: Cristina Flores Cerveira. Ela explica que se mudou para a Bahia no ano 2000, onde começou a marca.

Cristina Flores Cerveira vai retornar à Bahia em 2025

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“Começamos na Bahia porque sempre desenvolvemos um trabalho de vendas grande no Nordeste. Então o nosso ponto de saída era Salvador. Depois de uns anos, retornamos ao Rio Grande do Sul, em função de mudanças na produção e da logística, para adquirir novos itens e poder fabricá-los. Agora, nós já fizemos as aquisições de novas máquinas e vamos voltar para Salvador no ano que vem”, adianta ela, que vende produtos personalizados, a exemplo de chaveiros e garrafas.

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