Piloto morto em queda de avião não estava escalado para voo, diz amigo

Um amigo do piloto Danilo Romano, morto na queda do avião da Voeppas, antiga Passaredo, em Vinhedo, no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira, 9, disse que ele não estava escalado para trabalhar no dia do acidente. O voo que saiu de Cascavel, no oeste do Paraná, capital de Curitiba, ia em direção ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Todas as 62 pessoas que estavam a bordo da aeronave morreram.Veja também:>>>Experiente e apaixonado: saiba quem era piloto do acidente em SP>>>Aeronave que caiu em São Paulo operava entre Salvador e BarreirasEm entrevista ao programa Brasil Urgente, Guilherme Baccar disse que o amigo estava de folga e foi escalado de última hora para o voo. No entanto, ressaltou que o piloto “estava sobreaviso”.Baccar afirmou que o amigo tinha enviado a escala do mês para ele, para tentarem marcar para se ver, pois mesmo morando perto o encontro dos dois era difícil. No entanto, Baccar não conseguiu ver o amigo até o dia da tragédia. O amigo do piloto também relatou que Danilo estava feliz porque tinha sido promovido a comandante.>>>Professoras e procurador estão entre vítimas de acidente aéreo em SP>>>Voepass coloca médicos e psicólogos para atender famílias do acidenteAs causas que levaram à tragédia com o avião ainda estão sendo investigadas, mas a principal hipótese é que a queda tenha sido causada pela formação de gelo nas asas da aeronave ATR 72, da Voepass Linhas Aéreas. A informação foi confirmada ao Uol pelo piloto e presidente do Grupo Brasileiro da Aviação Geral (BGAST), Raul Marinho.Homenagem da exA ex- namorada e amiga do piloto, Débora Stein, prestou homenagem a Danilo através das redes sociais, com uma foto em que ela está em uma aeronave vestida de aeromoça ao lado de Danilo. Confira mensagem:

|  Foto: Reprodução | Instagram

Confirmação de identificação dos corposO prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco (PSD), confirmou, na manhã deste sábado, 10, que os primeiros corpos a serem resgatados foram do piloto, de 31 anos, e do copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61. Os dois faziam parte da equipe de quatro tripulantes da Voepass.>>>Voepass confirma mais uma morte em queda de avião e nº sobe para 62Todos os corpos retirados do local do acidente foram encaminhados ao Instituto Médico Legal Central de São Paulo, na capital.Desastre aéreo em SPUm avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.Estavam na aeronave 4 tripulantes e 58 passageiros no momento do acidente.O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”

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