Proteção às crianças

Não se tem ciência, por ora, do alcance de males produzidos pela prática viciosa do encontro do olhar das crianças com telas de equipamentos como “tablet”, celular e computador, não bastasse o costume de ligar aparelhos de televisão.Como ainda se está vivendo o momento histórico da adesão em massa da infância aos dispositivos, as pesquisas terão resultados mais confiáveis quando for possível o tempo futuro como condição necessária para avaliar os danos.Precavido com a saúde da infância, como se espera de um Estado voltado para o bem-estar da cidadania, o governo federal anunciou o lançamento, em outubro, do “Guia de Uso de Telas e Dispositivos Digitais por Crianças e Adolescentes”.O trabalho foi elaborado por educadores, especialistas e organizações sociais entre os meses de outubro de 2023 e janeiro de 2024 por meio da plataforma Participa + Brasil.A inestimável contribuição consta de 600 itens originados de consulta pública sobre o “relacionamento” de jovens e máquinas, em diligente serviço desenvolvido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.O manual não tem alçada de uma lei, mas as recomendações são de iniludível utilidade para salvaguardar a segurança dos pequenos usuários das geringonças digitais, reduzindo prejuízos para a saúde mental e a capacidade de conhecer e raciocinar.Já há registros de distúrbios de atenção, problemas no sono, patologias oftalmológicas, riscos de abuso por parte de pedófilos, entre outros desdobramentos negativos da permanência diante dos monitores por períodos excessivos.As ferramentas aparentemente inofensivas podem também formar juventude avessa à leitura, devido aos adornos áudio visuais, em mensagens rápidas, sem confirmação de veracidade, carreando a forja de opiniões estranhas ao desenvolvimento filosófico.O contexto alcança dimensão de segurança nacional, uma vez registrarem-se ataques à soberania do país, produzindo adesões precoces a ideologias totalitárias de alto teor maligno.
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