Aeronave que caiu em São Paulo operava entre Salvador e Barreiras

A aeronave da Voepass Linhas Aéreas, que caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, no interior de São Paulo, provocando 61 mortes, também operava entre Salvador e Barreiras até 30 de março deste ano, quando o serviço foi suspenso. A administração do terminal aeroviário da cidade no oeste baiano confirmou a informação, informando que a Voepass oferecia voos diários de ida e volta entre as duas cidades, e os aviões tinham capacidade para transportar cerca de 70 pessoas por viagem, cujo tempo de duração era de aproximadamente duas horas.Leia também:>> Professoras e procurador estão entre vítimas de acidente aéreo em SP>> Avião que caiu em SP é o mesmo que fazia voo entre Salvador e FeiraA aeronave, em questão, era uma ATR-72, usada em rotas regionais. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo é turboélice com 74 assentos, fabricado pela ATR, com sede na França, uma das maiores fabricantes de aviação do mundo.De acordo com a fabricante, o ATR-72-500 pode voar com velocidade máxima de 511 km/h. O modelo tem 27 metros de comprimento e de envergadura, além de uma autonomia de voo de 1.324 quilômetros. O peso máximo que o avião pode carregar em serviço é de 7 mil quilos. Ainda segundo a administração do aeroporto de Barreiras, a mesma companhia aérea ofertava voos de ida e volta entre a cidade e Brasília (DF). O serviço era diário e teve a oferta reduzida no início desse ano, até ser totalmente suspenso>> Saiba quem são as vítimas de tragédia aérea em VinhedoAs administrações dos aeroportos de Feira de Santana e Paulo Afonso afirmaram que aeronaves do mesmo modelo que caiu nesta sexta-feira prestavam serviço nos terminais, contudo, ao contrário de Barreiras, não há confirmação de que o mesmo avião envolvido no acidente tenha feito pousos e decolagens nesses locais.Desastre aéreo em SPUm avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência. Estavam na aeronave 4 tripulantes e 57 passageiros no momento do acidente.O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”
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