Bahia publica estudo sobre mortes por Febre Oropouche em periódico dos EUA

Os técnicos da vigilância da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) publicaram um estudo no periódico Emerging Infectious Diseases, de responsabilidade  do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. O artigo aborda dois casos fatais de Febre Oropouche ocorridos em 2024 em pacientes jovens, sem comorbidades, residentes de Valença e Camamu, na Bahia.A investigação foi conduzida pela equipe da vigilância epidemiológica da Sesab, que detalhou a rápida evolução dos sintomas nos dois casos, culminando em morte em menos de uma semana. O vírus Oropouche, uma arbovirose de importância crescente na América do Sul, foi detectado em ambas as pacientes por meio de análises metagenômicas e exames laboratoriais rigorosos.Leia também:>>>“Vamos correr atrás do enorme prejuízo que tivemos desde o golpe”>>>Câncer igual ao de Preta Gil já causou 1,7 mil mortes na BA em 4 anos>>>Estratégia do governo quer reduzir mortalidade materna em 25% até 2027De acordo com a diretora de vigilância epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, a confirmação das mortes foi realizada após um processo criterioso, com entrevistas domiciliares e análises detalhadas dos prontuários médicos, além de contato direto com as equipes de saúde que atenderam as pacientes. “O artigo reafirma o trabalho contínuo que temos realizado em conjunto com o Ministério da Saúde no monitoramento de casos e investigação epidemiológica de doenças emergentes”, afirmou São Pedro.O estudo também contribui para ampliar o entendimento sobre a epidemiologia do vírus Oropouche, especialmente fora de regiões tradicionalmente endêmicas. Além disso, reforça a necessidade de vigilância intensificada para doenças negligenciadas como essa, que pode causar graves complicações de saúde.A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, declarou: “a publicação desse estudo ressalta nosso compromisso em acompanhar e investigar profundamente cada caso de doenças emergentes que afetam a população baiana, buscando sempre maior compreensão científica e melhor resposta ao cenário epidemiológico”.
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