Câncer igual ao de Preta Gil provocou 1,7 mil mortes na BA em 4 anos

Preta Gil anunciou no mês passado que “o câncer voltou”, surpreendeu seu público e gerou uma grande comoção. Ela anunciou que está novamente em tratamento contra o câncer colorretal. Assim como ela, centenas de homens e mulheres lutam contra a doença na Bahia.Leia Mais:>>> Preta Gil ganha declaração de Thiaguinho: “Juntos pro resto da vida”>>> Estratégia do governo quer reduzir mortalidade materna em 25% até 2027>>> Gilberto Gil explica fala para Preta “ir embora”: “Tranquilidade absoluta”De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até junho deste ano, 598 pessoas foram internadas por câncer de reto na rede hospitalar do SUS. Os números têm crescido a cada ano desde 2020, quando foram 1.068 hospitalizações.Em 2023, 1.441 pessoas (668 homens e 773 mulheres) foram hospitalizadas em função de uma neoplasia maligna da junção retossigmoide, do reto e do ânus e canal anal.Ao Portal A TARDE, a Sesab revelou que o número de mortes também cresceu nos últimos anos. Em 2020, 396 pessoas morreram. Nos anos seguintes, até 2023, foram 424, 461 e 477 falecimentos, respectivamente. Ao todo, em quatro anos, 1.758 óbitos foram registrados.Nos seis primeiros meses de 2024, 307 mortes em função do câncer colorretal foram confirmados na Bahia.Cirurgia de amputação retalNo último final de semana, Preta Gil revelou que passou por uma cirurgia de amputação retal durante o tratamento contra o câncer colorretal. Em entrevista ao Portal A TARDE, a oncologista Lívia Andrade explicou que o procedimento envolve a remoção parcial ou total do reto, “principalmente se a doença estiver muito próxima ao anus”. “Nestes casos é difícil a preservação do reto”, declarou.”Após esta cirurgia. O paciente pode necessitar do uso de uma bolsa de colostomia (abertura no abdômen para saída das fezes), onde ocorre um desvio do trânsito do intestino e as fezes são coletada nesta bolsa”, explicou a especialista.A médica também destacou que depois de uma amputação do reto, o paciente passa a encarar uma nova rotina, especialmente se houver a necessidade de uma colostomia. Os pacientes passam a ser acompanhados por médico de forma contínua, além de ter um suporte nutricional, apoio psicológico e de estilo de vida diferente.”Os principais estigmas relacionados a colostomia são de que os pacientes acabam limitando sua vida social, dificuldade em aceitar a mudança do corpo, preocupações com odores e problema com a vida sexual. Por isso importante ter todo o apoio da família amigos e equipe multiprofissional na adaptação a esta nova fase da vida”, disse Andrade.
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