O bordado de Timbaúba dos Batistas alçou mais um voo e ganhou destaque no tapete vermelho do Festival de Cannes 2025, em um look usado pela atriz Camila Pitanga.
O sobretudo usado por Camila em Cannes foi criado por Airon Martin, diretor criativo da Misci, em parceria com o Instituto Riachuelo, e foi bordado por Jailma Diniz — a mesma que bordou as onças que estiveram presentes na jaqueta usada pela delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris.
A ideia foi celebrar os saberes tradicionais e a força coletiva de mulheres que bordam, criam e resistem. A peça foi desfilada originalmente pela modelo Laís Ribeiro na Fundação Bienal de São Paulo, em 24 de abril. À Agência SAIBA MAIS, Jailma falou sobre a emoção de ver um trabalho seu em um desfile.
“Para mim, foi e está sendo um sonho, porque eu já tinha feito outros bordados, mas nunca tinha sido reconhecido, nunca tinha visto com meus olhos como eu vi. Eu fui convidada para o desfile da Bienal, em São Paulo, e assisti a minha peça em primeira mão ali sendo desfilada. E achei tudo muito lindo, foi um sonho mesmo. Não sei nem explicar o tamanho da felicidade e da emoção que eu senti ao ver minha peça brilhando ali naquele desfile. E agora, principalmente, eu vendo que ela não ficou só em São Paulo, aqui no Brasil, mas ganhou o mundo e foi para o Festival de Cannes”, disse.
“Eu amo o que faço e espero que venham mais projetos desses, para que o meu bordado e o de tantas outras bordadeiras daqui de Timbaúba dos Batistas possam ganhar o mundo, ganhar as passarelas e a gente ser cada vez mais reconhecidas”, continuou.
Antes de chegar a Cannes, o bordado de Timbaúba já tinha ido à Paris nas Olimpíadas do ano passado. Uma das peças do uniforme do desfile de abertura dos Jogos usado pela delegação brasileira foi bordada por mulheres do Seridó do Rio Grande do Norte. A jaqueta jeans teve araras, tucanos e onças, representando a diversidade da fauna brasileira.
O bordado de Timbaúba também ganhou destaque em 1º de janeiro de 2023, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi da cidade que veio o terno dourado utilizado pela primeira-dama do Brasil, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.
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