A Câmara Municipal de Salvador (CMS) aprovou, em sessão extraordinária nesta quinta-feira, 22, o reajuste dos servidores municipais ativos, inativos e pensionistas. A votação ocorreu a portas fechadas, após a briga protagonizada por vereadores e sindicalistas. Parte da bancada de oposição se absteve da votação por não concordar com o método usado. Foram 33 votos, e todas as emendas apresentadas foram derrubadas. O crivo dos vereadores, por sua vez, não agradou aos professores. Isso porque a categoria, em sua maioria ligada a APLB-Sindicato, afirma que o projeto não contempla o pagamento do piso salarial estabelecido em lei.”Nossas emendas foram todas derrubadas, votadas contra. Deveria ser feito aqui no plenário, mas eles decidiram que seria lá dentro de forma secreta”, afirmou o vereador Hamilton Assis (Psol), em conversa com a imprensa. ProtestosSob fortes protestos do lado de fora da casa, os servidores realizaram uma barricada humana para impedir o acesso de jornalistas e demais assessores no plenário na Casa Legislativa. A manifestação, contudo, não impediu a apreciação da matéria. A sessão chegou a ser interrompida por 30 minutos para o fim do parecer nas comissões conjuntas de Constituição e Justiça (CCJ), Fiscalização, Orçamento e Finanças (CFOF) e Educação.Com a chancela dos edis, os funcionários públicos passam a receber um percentual de 4,83% nos vencimentos mensais, a partir deste mês, de forma escalonada. A medida é válida até abril de 2026.Em 2024, antes de tentar a reeleição, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) ofereceu aos servidores um aumento de 4%. Já os professores terão os salários reajustados por nível. Para a categoria, o percentual varia de 6,27% a 9,25%.Confira como funciona a listagema) 9,25% (nove vírgula vinte e cinco por cento) para o Nível 1 / Referência A;b) 6,65% (seis vírgula sessenta e cinco por cento) para o Nível 1 / Referência B.c) 6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), a partir do Nível 1 / Referência C;d) 6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), para o quadro suplementar do Magistério Público.Confusão e agressãoAntes da sessão ser interrompida, manifestantes e vereadores protagonizaram cenas de briga e agressão. O vereador Sidninho (PP) levou uma mordida na mão. Em seguida, os sindicalistas foram retirados do plenário. Os manifestantes também teriam sido agredidos na tentativa de ocupação, segundo relatos obtidos pelo Portal A TARDE.
Câmara de Salvador aprova reajuste dos servidores a portas fechadas
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