O governo de Donald Trump proibiu a Universidade de Harvard, a mais prestigiosa dos Estados Unidos, de aceitar estudantes estrangeiros, segundo anunciou nesta quinta-feira (22) o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
A proibição se aplica a qualquer estudante da universidade que não seja dos Estados Unidos — inclusive os alunos que já estudam em Harvard, que terão de ser transferidos — e será efetivada no ano letivo que se inicia em meados de 2025 e vai até 2026, segundo o Departamento de Segurança Interna do governo dos EUA.
A proibição vale para todos os alunos estrangeiros, inclusive os que já estão matriculados, que terão de ser transferidos para outras instituições. A medida entra em vigor no ano letivo de 2025 a 2026.
A medida é a maior escalada na turbulenta relação entre Trump e a universidade, que foi a primeira a desafiar abertamente o atual governo dos EUA e vem se recusando a cumprir normas impostas por Washington — entre elas, a de eliminar todas as políticas de igualdade.
A universidade chamou a medida de ilegal.
Em comunicado, o Departamento de Segurança Interna afirmou tratar-se de uma retaliação por Harvard ter se recusado a cumprir normas exigidas pelo governo e acusou Harvard de “conduta pró-terrorismo”.
Em carta enviada à universidade, o governo informou ter cancelado a “Certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio”, documento necessário para que universidades norte-americanas possam matricular estudantes estrangeiros.
Isso significa que:
- A instituição não pode ter matriculado nenhum aluno com os vistos do tipo F ou J, que são os vistos de estudante que estrangeiros recebem para poder residir nos EUA enquanto estudam.
- Os alunos de Harvard que atualmente vivem nos EUA com um desses dois tipos de visto terão de ser transferidos para outras universidades norte-americanas, determinou ainda o governo Trump.
O governo Trump afirmou que aceitar estudantes estrangeiros é um privilégio, não um direito das universidades, e que esse benefício pode ser retirado.
A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristin Noem, acusou Harvard de “fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus”.
“Harvard teve muitas oportunidades de fazer a coisa certa. Recusou-se. Perderam a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprirem a lei. Que isso sirva de alerta para todas as universidades e instituições acadêmicas do país”, completou a secretária.
Em nota, Harvard afirmou que considera a medida ilegal e que “permanece totalmente comprometida em manter a habilidade de receber estudantes e professores de mais de 140 países”.
(Fonte:G1)
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