VÍDEO: Estudante da UFRJ morre após passar mal em academia em Copacabana

Dayane de Jesus Barbosa
Dayane de Jesus Barbosa

Por Ana Oliveira
Pragmatismo Político

Dayane de Jesus Barbosa, estudante de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), morreu na manhã desta terça-feira (20/5) após sofrer um mal súbito durante um treino em uma academia na zona sul do Rio de Janeiro. A jovem de 22 anos desmaiou ao se sentar em uma máquina de exercícios, e, segundo a Polícia Civil, o local não dispunha de um desfibrilador — equipamento básico e obrigatório para atendimento de emergências cardíacas.

Imagens de segurança mostram alunos e funcionários tentando prestar socorro até a chegada do resgate médico. No entanto, a ausência do desfibrilador comprometeu as chances de reanimação imediata, fundamental em casos de parada cardíaca. O estabelecimento foi interditado, e a investigação segue em andamento pela 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana).

Legislação ignorada

A morte de Dayane expõe uma negligência grave e recorrente: o descumprimento da Lei Municipal nº 7.259, que obriga academias, clubes, centros comerciais e outros espaços públicos e privados a manterem desfibriladores cardíacos acessíveis e operacionais.

A legislação determina não apenas a presença física do equipamento, mas também a manutenção adequada e a capacitação de funcionários para operá-lo. Em caso de descumprimento, os responsáveis estão sujeitos à multa inicial de R$ 5 mil, corrigida anualmente, e à interdição do espaço, como ocorreu neste caso.

Apesar da clareza da lei e da natureza crítica do equipamento, muitos estabelecimentos continuam a ignorar a norma, colocando em risco vidas humanas diante de situações previsíveis e preveníveis. A ausência do desfibrilador, neste caso, não foi um detalhe técnico, mas possivelmente um fator determinante.

Luto e indignação

O Instituto de Relações Internacionais e Defesa da UFRJ (IRID) divulgou nota de pesar e decretou luto oficial de três dias. “Compartilhamos com sua família e seus amigos a dor por essa perda, e nos colocamos à disposição para qualquer apoio que se fizer necessário”, diz o comunicado.

Nas redes sociais, colegas e professores lamentaram a perda e denunciaram o descaso com a segurança básica em ambientes de prática esportiva. A morte de Dayane reacende o debate sobre a responsabilidade civil de estabelecimentos comerciais e a fiscalização de normas que, embora existam no papel, muitas vezes são ignoradas na prática.

Quantas mortes são necessárias?

Dayane não é a primeira vítima desse tipo de negligência. Academias são ambientes em que há esforço físico intenso e, portanto, risco elevado de eventos cardiovasculares. O poder público tem o dever de fiscalizar. Os estabelecimentos, a obrigação de cumprir a lei.

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