Na última sexta-feira (16), a ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo, foi impedida de entrar em um seminário da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, realizado no auditório da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. Mesmo após apresentar sua identificação funcional, a ministra foi barrada na entrada do evento, onde era palestrante.
O caso foi relatado pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, durante a sessão da Corte na terça-feira (20), gerando indignação e levando a AGU a solicitar que a Polícia Federal investigue o episódio como crime de racismo.
Natural de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, Vera Lúcia Santana Araújo é a segunda mulher negra a integrar o TSE, tendo tomado posse como ministra substituta em fevereiro de 2024. Com uma trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pela luta contra o racismo institucional, a ministra tem sido uma voz ativa na promoção da diversidade e inclusão no Judiciário brasileiro.
O episódio evidencia as barreiras enfrentadas por mulheres negras em espaços de poder e destaca a necessidade urgente de ações concretas para combater o racismo estrutural nas instituições do país.
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