Já não é mais segredo para ninguém que o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), está se articulando para trocar o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, do qual é presidente regional em Alagoas, para integrar a base de apoio do governo Lula (PT).
A motivação seria fazer da sua tia Marluce Caldas, procuradora de justiça do Ministério Público Estadual, ministra do Superior Tribunal de Justiça, numa das duas vagas que estão em aberto desde outubro do ano passado e que só dependem da vontade e da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para serem preenchidas.
Um forte indicativo a reforçar essa tendência de novos rumos políticos para JHC é o fato de sua mãe, a senadora Eudócia Caldas, presidente do PL Mulher no Estado, ser a única integrante da bancada do seu partido a não assinar o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a roubalheira do INSS.
O requerimento conta, até agora, com o apoio de 230 deputados e 39 senadores, mas encontra forte resustência do governo Lula e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB), que tem um ex-assessor, com quem tem fortes ligações, como um dos envolvidos no escândalo do INSS.