
Com a impossibilidade quase definitiva da candidatura presidencial de Bolsonaro pela sua inelegibilidade, ou até mesmo prisão, a direita ainda não encontrou o nome para 2026, apesar de ter algumas possibilidades.
Dizem que Bolsonaro pensa em sua mulher Michelle – para tudo ficar em casa e ele continuar dando as cartas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tido como o mais forte da ala direitista, vai mesmo é para a reeleição em São Paulo, onde, indicam as pesquisas, tem grandes chances. Assim o governador Romeu Zema torna-se a opção mais viável, não só pelo trabalho, mas por governar Minas, um estado politicamente forte. Também estão na pista os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, que acaba de trocar o PSDB pelo PSD, e Ronaldo Caiado, do União Brasil, que já disputou a presidência em 1989, não atingindo 1% dos votos válidos.
Enquanto isso, o presidente Lula, que quer um inédito quarto mandato, vê sua popularidade já em baixa cair ainda mais com a roubalheira, nunca vista, no INSS, com uma quadrilha “tungando” os aposentados. Lula, se pensa mesmo num novo mandato, tem que voltar a ter a disposição que tinha nos dois primeiros, o que lhe permitiu, mesmo com o mensalão, eleger um poste, Dilma Rousseff que, pelo combinado, sairia para ele ser candidato. Mas que ela gostou tanto da cadeira que rompeu o acordo e reelegeu-se, sendo “impichada” na metade do mandato.
Lula estava preso, mas saiu a tempo de concorrer com Bolsonaro e ganhar seu terceiro mandato sem, reconheçamos, o mesmo brilho dos anteriores. Se Lula voltar a ser o que era, ou aquilo que a população via nele, passa a ter chance. E isto é fundamental para a esquerda que não tem outro nome para lançar.
A direita também não tem uma liderança consolidada, capaz de substituir Bolsonaro, mas tem sim nomes com potencial. Bem diferente da esquerda, que é “lulodependente” e que corre o risco, em 2026, de uma derrota fragorosa nas urnas. Mas, reconheçamos, esta é uma visão ainda superficial do processo eleitoral do ano que vem. O que se nota é a inexistência de lideranças em todos os níveis, e de todas matizes, com capacidade de empolgar o eleitorado.
Talvez pelo desinteresse dos próprios partidos que têm se mostrado mais preocupados em buscar votos do que formar líderes políticos autênticos, lançando candidatos sem qualquer preparo político que, eleitos, nada produzem.
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