Naturalmente, os gatos são conhecidos por seus olhares curiosos e exploradores que sempre passeiam pelo ambiente em que vivem. Esses adjetivos devem-se ao fato da presença de algumas características dos felinos, como: o instinto de caça, a personalidade independente, a necessidade de exploração territorial e as habilidades sensoriais aguçadas.
A médica-veterinária Kathleen R. Paiva tranquiliza os tutores quanto ao comportamento explorador dos felinos. “Gatos são animais extremamente curiosos, que adoram conhecer e controlar o ambiente em que vivem, precisam gastar energia e são caçadores natos”, afirma. “Tudo isso está por trás da vontade de dar uma voltinha”, completa a especialista.
Essa combinação de características abre espaço para os gatos fugirem de casa e conhecerem outros territórios. Diante desse cenário, é importante que os tutores tomem alguns cuidados para evitar esse tipo de situação, que pode trazer problemas para o felino e o tutor. Uma das primeiras dicas é fazer uma coleira de identificação para o felino, com o nome do gato e o contato do tutor. Mas sem guizo, para não estressar o bichano.
Veja algumas estratégias para manter os gatos em casa
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Prática da “Gatificação”
Essa ação é voltada ao enriquecimento do espaço com objetos que deixem o ambiente mais atrativo para os gatos. Nesse caso, é uma ótima dica colocar brinquedos, arranhadores e prateleiras para os felinos em casa. Utilize brinquedos que simulem presas, como varinhas com penas e recompense o gatinho quando brincar com ele.
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Proteja as janelas
Manter as janelas fechadas ajuda fazer com que o animal não consiga fugir com frequência dos cômodos da casa, mas nem sempre é possível. Uma opção é colocar telas de proteção resistentes para não bloquear a ventilação e evitar que os bichanos consigam escapar. Criar “janelas de observação” com acesso à vista externa (com telas seguras) pode ajudar a entreter gatos curiosos.
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Castração é uma opção
A veterinária comportamental Michele Matsubara explica que a castração reduz significativamente a vontade de fuga nos gatos. “Cessa a busca por um parceiro para reproduzir e a competição pelo mesmo”, assegura ao portal Metrópoles. No entanto, apenas a castração não faz um gato perder completamente o interesse em explorar áreas fora de casa.
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Enriquecimento alimentar
Use brinquedos que liberam ração aos poucos ou alimentadores interativos. Espalhe porções da comida em locais diferentes para estimular a busca, simulando a caça.
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Reforço positivo
Recompense o gato com petiscos e carinho quando ele se envolve com o ambiente interno. Não o castigue por tentar sair — redirecione a atenção com estímulos internos. “Quando o gato se sente seguro, amado e entretido, ele dificilmente vai querer ir embora”, destaca a veterinária Bárbara Lopes ao Metrópoles.
Quais riscos os gatos correm fora de casa
Permitir que gatos circulem livremente pelas ruas pode colocar a saúde e a vida do animal em risco. Veja os principais perigos que os felinos enfrentam fora de casa:
- Atropelamentos, especialmente em áreas com grande movimento de veículos;
- Quedas e acidentes ao tentar escalar muros, árvores ou telhados;
- Brigas com outros animais, o que pode resultar em ferimentos graves;
- Maus-tratos praticados por vizinhos ou pessoas desconhecidas;
- Intoxicação por ingestão de substâncias tóxicas, plantas venenosas ou alimentos contaminados;
- Exposição a doenças e parasitas, como pulgas, carrapatos e vírus infecciosos.
O que fazer se o seu gato fugir de casa
- Procure imediatamente nos arredores, principalmente em lugares escondidos, como debaixo de carros, arbustos, garagens e telhados;
- Deixe itens familiares ao animal na área externa, como caixinha de areia usada, uma peça de roupa com seu cheiro ou a caminha do gato;
- Informe os vizinhos e peça para verificarem garagens, quintais ou locais fechados;
- Produza e espalhe cartazes com fotos do gato pela cidade e pelas redes sociais;
- Mantenha rondas regulares, especialmente à noite, quando está mais silencioso.
Fonte: O Liberal
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