
O Tupynambás não irá participar da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, a popular “Terceirinha”, prevista para começar no final de agosto. O clube não fez o pedido de inscrição na Federação Mineira de Futebol (FMF) – o prazo limite era até a última quarta-feira (14). Com isso, ficará de fora do futebol profissional pela primeira vez desde 2016, quando a agremiação voltou a disputar competições estaduais. No ano passado, o clube quase conseguiu o acesso ao Módulo II, mas parou nas quartas de final.
Em entrevista à Tribuna, o presidente do Baeta, Cláudio Dias, comentou sobre a decisão. “Não iremos voltar a arriscar patrimônio, ou endividar o clube para representar a cidade sem apoio algum. É uma decisão ruim, mas sensata”.
O mandatário voltou a reclamar da falta de apoio do poder público. “Tentei receber da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) o recurso referente à Lei de Patrocínio ao futebol, mas não consegui. Argumentaram que não apresentamos a documentação, mas não é verdade, mostramos as certidões, ata de posse e estatuto. Acontece que tivemos um problema, agora em abril, onde a Caixa deixou de emitir a certidão do FGTS. Temos todas as certidões até abril de 2025, mas encontraram uma dívida de 2014, que, mesmo que existisse, já está prescrita, e agora estamos resolvendo essa pendência. Nossa advogada está buscando a origem da dívida, pois foi ao Ministério do Trabalho e não consta nada. Enfim, vamos resolver, até porque, para negociar parte do terreno do Tupynambás, tivemos que quitar tudo. Temos tudo em dia e vamos continuar assim”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Esportes e Lazer (SEL) da PJF, em nota enviada à Tribuna, “o repasse a todos os clubes de futebol profissional da cidade é realizado regularmente, desde que os mesmos apresentem a comprovação da regularidade fiscal e outras condicionantes determinadas na Lei 13842 / 2019. Segundo levantamento da Secretaria de Esportes, o Tupynambás não apresentou a referida documentação”.
Além de alegar a falta de repasse da verba prevista em lei, Cláudio Dias reclama da dificuldade em ter locais de treinamentos. “Apesar de toda hora ter jogos internos da Prefeitura no Estádio Municipal, um dia atrás do outro, só podemos usá-lo uma vez por semana. Sem contar que até papel higiênico temos que disponibilizar. Apoio zero, comparado com outras cidades. Em Uberaba, por exemplo, a Prefeitura fornece transporte interno para a equipe, ônibus para as viagens e estádio para treinos, sem contar o apoio financeiro”.
Sem Tupynambás, Tupi será o único representante de JF
Pela primeira vez na sua história, o Tupi irá participar da Terceirinha, após ter sido rebaixado do Módulo II no ano passado. A reportagem apurou que o clube fez o pedido à FMF e já atua nos bastidores para a formação da equipe. A disputa se dá em meio ao processo de recuperação judicial do clube e futura transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A Tribuna procurou a assessoria do Galo Carijó e aguarda resposta sobre a participação. A matéria será atualizada em caso de posicionamento.
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