O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira 15. Ele nomeou o vice-presidente Fernando Sarney como interventor da entidade e determinou a convocação de novas eleições “o mais rápido possível”.
A decisão anula um acordo firmado no início do ano, que havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e garantido a permanência de Ednaldo no cargo. Segundo o desembargador, o documento é inválido por causa da “incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes”.
O caso retornou ao TJ-RJ após determinação do ministro do STF Gilmar Mendes, que no dia 7 de maio negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas ordenou a apuração urgente dos fatos narrados nas petições.
Os pedidos de afastamento foram apresentados pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e pelo vice-presidente da CBF, Fernando Sarney. Eles alegam que a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, foi falsificada, o que compromete a validade do acordo. Um laudo pericial reforça a suspeita de falsificação.
Na última segunda-feira 13, o desembargador solicitou o depoimento do Coronel Nunes, que não compareceu por questões de saúde. A audiência foi cancelada e, quatro dias depois, a decisão pelo afastamento foi publicada.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, quando ele voltou ao cargo por decisão do ministro Gilmar Mendes.