RN registra 13 terremotos em menos de 1 mês, aponta laboratório da UFRN

O Rio Grande do Norte registrou, em um intervalo de menos de um mês entre abril e maio, um total de 13 tremores de terra em diferentes regiões do Estado. Os dados são do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e apontam que os sismos foram de baixa magnitude, variando entre 1.5 e 3.0 na escala Richter.

O município de Carnaubais, na região Oeste Potiguar, concentrou a maior quantidade de ocorrências, com nove registros entre os dias 24 de abril e 5 de maio. O maior tremor do período ocorreu em Carnaubais, no dia 24 de abril, com magnitude 3.0 mR. Outros locais com registros foram Ipanguaçu, Currais Novos, Lajes e a costa atlântica próxima a Rio do Fogo.

Segundo Eduardo Menezes, técnico do LabSis/UFRN, há uma distribuição histórica de eventos sísmicos em diversas áreas do interior do Estado. “Se considerarmos a partir de João Câmara, teríamos as seguintes regiões: João Câmara, Pedra Preta, Taipu, Jandaíra, Poço Branco, Upanema, Campo Grande, Apodi e Carnaubais”, afirmou.

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As causas dos sismos são naturais e ligadas à geologia local. “Normalmente são originários de falhas geológicas que entram em atividade devido a pressões sofridas no interior da terra. É um fenômeno natural resultante de todo movimento de pressão e tração sofrido pelas falhas geológicas”, explicou.

O interior do Estado tem uma incidência maior de tremores devido a sua localização em uma área geológica específica. “Isso está atrelado por fazer parte de uma província conhecida como Borborema, essa é uma característica própria da formação dela”, disse Eduardo Menezes.

Embora os tremores recentes tenham sido de baixa intensidade, há registros de terremotos de magnitude superior no histórico do Estado. “Baseado nos dados de registros que temos e na própria história ao longo do tempo, tremores na ordem de magnitude 5 já foram registrados e podem sim voltar

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