Lula apoia Ancelotti, mas diz que problema é a geração atual

Durante visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a nomeação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, oficializada pela CBF nesta segunda-feira, 12. Para o chefe do Executivo, o italiano é um treinador de alto nível, mas o principal entrave da equipe nacional vai além do comando técnico: está na qualidade da atual geração de jogadores.“Se formos analisar a biografia do Ancelotti, ele é um grande técnico. Foi um bom jogador, um bom técnico. Mas o problema do Brasil, eu acho, é que nós estamos numa entressafra de jogadores”, avaliou Lula, ao destacar que a seleção vive um momento distante das grandes gerações do passado.O presidente citou os ataques históricos das Copas de 2002 e 2006 para ilustrar a diferença de nível: “É só lembrarmos nosso ataque de 2002 e 2006 para você ver que estamos longe daquilo lá”.Apesar das críticas ao momento do futebol brasileiro, Lula se mostrou otimista quanto ao desempenho de Ancelotti na campanha rumo à Copa do Mundo de 2026. Para ele, a experiência do treinador pode ser crucial para garantir a classificação e, quem sabe, o título.

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O presidente também se mostrou aberto à presença de um treinador estrangeiro no comando da Seleção. “Não tenho nada contra o Brasil ser comandado por um técnico estrangeiro, apesar de termos muitos técnicos brasileiros capazes”, disse.Além disso, Lula fez críticas à forma como a equipe brasileira é estruturada atualmente e sugeriu mudanças na organização da CBF. “O nosso problema, talvez, seja mais estrutural, mais organizacional para que a gente possa ter uma boa seleção. Acho muito difícil ficar juntando jogador 15 dias antes do jogo, treinador dois dias, escalar o time e achar que vai ganhar, quando todo mundo se prepara muito.”Por fim, Lula apresentou uma sugestão direta à Confederação: “Já disse ao presidente da CBF. Gostaria de fazer uma experiência convocando os melhores jogadores que terminam o Campeonato Brasileiro. Terminou o Brasileiro, vamos fazer uma seleção dos 22 melhores jogadores para ver o que dá. Acho que seria igual, ou melhor, do que convocando de todo o mundo.”

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