Jean Paul nega especulações sobre articulação para integrar “3ª via”

O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), desmentiu as especulações sobre supostas articulações para que ele compusesse uma chapa alternativa para as eleições de 2026, que seria liderada pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Ele classificou a notícia como “muita especulação e bobagem”.

De acordo com as especulações que saíram na imprensa, Jean seria cogitado para integrar uma possível chapa da “terceira via” no próximo ano, disputando uma das duas vagas ao Senado Federal. Ele faria dobradinha com a senadora e candidata à reeleição Zenaide Maia (PSD).

A suposta chapa majoritária seria encabeçada pelo prefeito Allyson Bezerra, que teria como candidato a vice-governador o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD). A nossa reportagem tentou entrar em contato com as assessorias de Allyson Bezerra e Carlos Eduardo para que comentassem as especulações, mas não conseguimos retorno.

Em tom de desapontamento, Jean afirmou que seu “entusiasmo para ficar na política, por enquanto, é quase nenhum”.

O ex-presidente da Petrobras, em uma entrevista a uma rádio local, no final de abril, declarou que havia sido “tacitamente expulso” do PT porque não foi “chamado para nada” e nem “consultado para nada”, apesar de ter sido senador, líder da minoria e líder do partido no Congresso Nacional.

Apesar de ressentido por se sentir excluído pelo PT, ele disse que sua possível saída do partido dependeria ainda de uma conversa com a governadora Fátima Bezerra, a quem ele atribuiu sua chegada à legenda em 2013.

Jean contou que perguntará a Fátima, diretamente, o que o partido quer dele. Caso o PT não tenha nenhum plano para o ex-senador, ele afirmou que “também não tem compromisso” com a legenda.

O sonho de voltar a ser senador

Em outra entrevista, dessa vez ao portal de notícias UOL, também no final de abril, Jean revelou seu desejo de voltar ao Senado Federal, mas admitiu que, para conseguir viabilizar seu projeto, poderia sair do PT.

Ele foi senador de 2019 a 2022, após herdar a vaga deixada pela governadora Fátima Bezerra (PT), de quem foi primeiro suplemente em 2014. Jean Paul afirmou acreditar que deixou “um legado de projetos que estão sendo discutidos até hoje”, mas não sabe se vai “ter espaço” para disputar a vaga de senador pelo PT.

Em 2022, ele foi impedido de disputar a reeleição graças à articulação realizada pela

governadora Fátima Bezerra para atrair para o palanque governista o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que havia sido adversário dela em 2018.

Devido a essa movimentação, Jean teve de se contentar com a vaga de primeiro suplente de senador de Carlos Eduardo, que terminou sendo derrotado nas urnas pelo bolsonarista Rogério Marinho (PL).

Fátima quer dobradinha com Zenaide

As articulações políticas que vêm sendo feitas pela governadora, mais uma vez, deverão travar uma eventual candidatura de Jean.

Fátima confirmou que renunciará ao cargo, no final de março do próximo ano, para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. Em seu lugar, assumirá o vice-governador Walter Alves (MDB), que abdicou de disputar a reeleição para apoiar o secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, lançado como pré-candidato a governador pelo PT.

O PT articula publicamente uma aliança entre Fátima e a senadora Zenaide Maia, o que excluiria a possibilidade de uma chapa “puro sangue” formada pela governadora e pelo ex-senador Jean Paul – o que ajuda a explicar o desânimo dele para continuar na política.

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