O prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo Oliveira, foi assassinado enquanto ajudava as autoridades na investigação contra a família Jácome, da vice-prefeita da cidade, Damária Jácome (Republicanos). A informação foi divulgada em uma reportagem do Fantástico, exibida no último domingo 11.
Segundo a polícia cívil, Marcelo relatou que vinha sendo ameaçado pelos irmãos de Damária Jácome por estar fornecendo informações sigilosas sobre a família. A principal suspeita é de que ele tenha indicado o paradeiro dos quatro irmãos Jácome que estavam foragidos na época: Francisco Deusamor Jácome de Oliveira, Samuel Jácome de Oliveira, José Romeu Jácome de Oliveira e Leidjan Jácome de Oliveira. Todos eram suspeitos de tráfico internacional de drogas.

De acordo com o inquérito do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), Damária e sua irmã, Leidiane Jácome, são apontadas como as mentoras intelectuais do plano que resultou na morte do prefeito e de seu pai. O crime, ocorrido em 27 de agosto de 2024, envolveu ao menos 13 pessoas, entre executores, articuladores e apoiadores logísticos, sendo elas:
- Damária Jácome e Leidiane Jácome: apontadas como mentoras do plano;
- Olanir Gama da Silva: articulador do grupo;
- Francisco Emerson Lopes, Heliton Barbosa, Jadson Rolemberg e Gildivan Júnior: executores do ataque;
- Thomas Tomaz e Rubens Gama: responsáveis por apoio logístico e transporte;
- Weverton Batista, Everton Dantas, Carlos Claudino e Marcelo Alves, conhecido como “Pastor”: forneceram recursos e informações estratégicas.
Um dos suspeitos, Josenilson Martins da Silva, foi encontrado morto em outubro de 2024, na zona rural do município de Antônio Martins.
As investigações ainda revelaram que os envolvidos planejavam não apenas o ataque que vitimou Marcelo Oliveira e seu pai, mas também um novo atentado contra a atual prefeita da cidade, Maria de Fátima Mesquita da Silva, conhecida como “Fatinha”, viúva do ex-prefeito assassinado.
Crime
No dia 27 de agosto de 2024, Marcelo e o pai realizavam visitas políticas no conjunto São Geraldo, quando foram surpreendidos por criminosos em dois veículos. O pai morreu no local e Marcelo foi atingido por 11 tiros, vindo a falecer após ser levado ao hospital em Catolé do Rocha, na Paraíba. O motorista Alcino Gomes sobreviveu, mesmo baleado.