IFRN avança com Centro de Tecnologia e Cultura que vai funcionar na Cidade Alta

O IFRN está avançando com o projeto para reabrir a unidade da instituição na Avenida Rio Branco, Cidade Alta, em Natal, que está fechada ao público desde 2020. Lá vai funcionar o Centro de Tecnologia e Cultura Luzia Vieira de França, com atividades que começam a funcionar aos poucos.

O prédio tombado pela Fundação José Augusto (FJA) tem duas entradas. Na porta principal, da Rio Branco, o acesso será principalmente para ações ligadas à cultura.

“Lá tem o Museu do Brinquedo, tem o Museu da instituição. A ideia é que tenha aulas de dança, de música, uma galeria de artes — que é o que tinha anteriormente —, uma cinemateca”, explica o reitor do IFRN, José Arnóbio. O auditório também deve ser transformado em um cine teatro. Alguns grupos, inclusive, já ensaiam por lá. Já na entrada da rua Princesa Isabel, as ações principais serão de tecnologia, como uma incubadora de empresas e a rádio a ser inaugurada.

De acordo com o reitor, a instituição já está em contato com a Fundação José Augusto para que possa fazer serviços no telhado.

“O grande problema do prédio antigo hoje é o telhado e troca de algumas esquadrias de janelas e portas, principalmente as que ficam externas à instituição. Então, com essa liberação da Fundação José Augusto, a gente vai começar a pensar a obra para que a gente possa usar esse espaço com essa perspectiva”, explica.

Aulas de mestrado a partir de julho

Segundo José Arnóbio, a liberação de atividades no prédio vai ser feita de forma gradual. Em julho, por exemplo, começam as aulas do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (Profnit). O programa é dedicado ao aprimoramento da formação profissional para atuar nas competências dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e nos Ambientes Promotores de Inovação nos diversos setores acadêmico, empresarial, governamental, organizações sociais, dentre outros.

Rádio

As ações também envolvem a implementação da rádio FM do IFRN, que será vinculada à Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP). A emissora vai funcionar sob concessão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em projeto junto à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), que busca ampliar a Rede Nacional de Comunicação Pública. Inicialmente, terá um alcance voltado à Grande Natal, mas o objetivo é ampliar parcerias e aumentar o número de cidades atendidas.

O projeto faz parte de uma expansão nacional da RNCP. Em dezembro de 2023, o IFRN e outros 15 institutos federais entraram na Rede Nacional. Com a adesão, serão implantadas 49 novas estações de rádio FM, que irão veicular programação local, dos próprios institutos, e conteúdos da TV Brasil, da Rádio Nacional e da Rádio MEC.

“A gente recebeu um recurso para a compra de equipamentos via EBC e os equipamentos já estão comprados. Na verdade, a gente está fazendo a adaptação de sala para que a gente possa também colocar a rádio para funcionar. A gente já tem a liberação da frequência e tudo já está ok em relação a isso”, aponta José Arnóbio.

Histórico

Foto: Sérgio Henrique Santos (2009)

Localizado numa avenida de grande circulação e de comércio da capital, o prédio é tombado pela Fundação José Augusto desde 1999. O local foi fechado com o início da pandemia e, na retomada das aulas, os cursos que funcionavam lá passaram a se concentrar nas Rocas, deixando a edificação da Cidade Alta somente com atividades administrativas. A unidade também mudou de nome para IFRN – Centro Histórico, com o intuito de contemplar os outros bairros da região.

Antes de fechar e transferir suas aulas para as Rocas, a unidade da Cidade Alta teve o início das atividades em 23 de setembro de 2009, após a recuperação e reinauguração do casarão do século XX. 

O prédio que foi doado em 1913 pelo então governador Alberto Maranhão abrigou, na época, o primeiro formato do Instituto, a Escola de Aprendizes Artífices, que durou 54 anos. Em 1967, a Instituição foi transferida para o prédio novo da Avenida Salgado Filho, onde hoje é o Campus Natal – Central.

Assim, o prédio foi repassado para o Instituto Nacional do Livro e, em seguida, para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde foi instalada a TV Universitária, entre 1975 a 1995. De 1996 a 2007, o espaço passou a ser chamado de República das Artes após ser ocupado por mais de 20 grupos artísticos da cidade. Em 2008, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN) teve o pedido de reintegração de posse do prédio aprovado pelo Conselho de Administração (Consad) da UFRN, iniciando o trabalho de restauração do local.

Já em 2016, o IFRN ganhou mais uma unidade, localizada no bairro das Rocas, também na zona leste da cidade, onde foram transferidos os cursos técnicos de Multimídia e Lazer.

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