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Divulgação/Yinson
O salário médio do setor de petróleo e gás do Espírito Santo é de R$ 9.225,14, quase 7% superior à média nacional. Assim, o ES concentra a segunda maior média salarial no País, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.Os dados são do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado (Findes), e estão disponíveis no Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural.As ocupações de soldador (859 empregados ou 5,7% do total do setor no Estado), assistente administrativo (602 empregados ou 4,0% do total) e operador de exploração de petróleo (412 empregados ou 2,7% do total) foram as que mais empregaram na cadeia produtiva do petróleo e gás.Em relação à cadeia nacional, o Espírito Santo se destacou ao empregar 19,1% de todos os operadores de máquinas operatrizes do setor no País. Os dados são do Observatório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).O presidente da Findes, Paulo Baraona, disse que a indústria de petróleo e gás é um segmento pujante que tem investido no ES.“O Estado que tem a maior média salarial do setor. As empresas instaladas no Espírito Santo valorizam muito ter uma mão de obra qualificada e isso significa boas oportunidades para quem quer trabalhar”.Novos empregos com investimentosCom grandes investimentos anunciados, além de um leilão que será feito em junho, vão ser criados mais empregos para trabalhar também em alto-mar a partir deste ano.No dia 17 de junho, vai ser realizado o leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que vai ofertar 10 blocos para exploração na Bacia de Campos no litoral sul capixaba.A entrada de mais empresas vai manter a atividade petrolífera no ES, além de criar oportunidades de negócios e empregos.As chances profissionais serão variadas, com destaque para funções como engenheiros mecânicos; químicos petrolíferos, ambientais e navais; e especialistas nas áreas de logística e transporte, segundo o subsecretário de Estado da Integração e Desenvolvimento Regional, Celso Guerra.Até 2030, o Estado deve receber US$ 7,6 bilhões – cerca de R$ 43,2 bilhões na cotação atual – em investimentos na indústria de petróleo e gás natural. Ao todo, são sete projetos mapeados, com destaque para os investimentos de empresas como Petrobras, Prio e BW Energy.O maior investimento mapeado é o da Petrobras, que possui um plano de investimentos de R$ 35 bilhões para o Espírito Santo até 2029. Entre os projetos, destaca-se o Integrado Parque das Baleias (IPB), que visa interligar 17 poços ao novo navio-plataforma (FPSO) Maria Quitéria, sendo nove produtores de óleo e oito injetores de água.“A confirmação de grandes investimentos no Estado farão com que toda a cadeia produtiva do setor seja beneficiada. Vale ressaltar ainda como a cadeia produtiva do setor vem se desenvolvendo e se consolidou no Estado”, destacou Paulo Baraona, presidente da Findes.Segundo Baraona, atualmente, o setor possui mais de 600 empresas no Estado, que juntas empregam ao menos 15 mil trabalhadores formais, com um salário superior à média nacional.A indústria metalmecânica foi citada como destaque em novos negócios pelo consultor Durval Vieira de Freitas, CEO da DVF Consultoria, com larga experiência na área. Ele citou fornecedores de bombas e guindastes, por exemplo.Projeções da produção offshoreA produção de petróleo e de gás natural no offshore devem registrar crescimento na produção total do Estado entre 2024 e 2027.O aumento está previsto para ser proveniente, principalmente, do Projeto Integrado do Parque das Baleias, da Petrobras, do campo de Wahoo, sob operação da Prio, e do campo de Golfinho, gerido pela BW Energy, todos no ambiente offshore, segundo a Findes.A produção de petróleo poderá atingir o maior valor para o período projetado em 2027, enquanto o gás natural deverá atingir o maior valor em 2026. Entre 2024 e 2027, projeta-se que a produção de petróleo offshore deverá registrar um crescimento médio anual de 11,5% alcançando uma produção de 204,4 mil barris por dia em 2027.Para o gás natural, espera-se aumento de 10,8% no mesmo período, alcançando uma produção diária de 4,8 milhões de metros cúbicos por dia em 2027.A produção offshore representa a maior parte do volume produzido, tendência que deve se manter nos próximos anos.Saiba maisInvestimentos e empregosO Espírito Santo deve receber US$ 7,6 bilhões – cerca de R$ 43,2 bilhões na cotação atual – em investimentos na indústria de petróleo e gás natural até 2030. Ao todo, são sete projetos mapeados, com destaque para os investimentos de empresas como Petrobras, Prio e BW Energy.O maior investimento mapeado é o da Petrobras, que possui um plano de investimentos de R$ 35 bilhões para o Espírito Santo até 2029. Entre os projetos, destaca-se o Integrado Parque das Baleias (IPB), que visa interligar 17 poços ao novo navio-plataforma (FPSO) Maria Quitéria, sendo nove produtores de óleo e oito injetores de água.No dia 17 de junho, será feito o leilão (5º Ciclo da Oferta Permanente) na B3 (Bolsa de São Paulo) que vai ofertar 10 blocos para exploração de petróleo e gás na parte capixaba da Bacia de Campos.A entrada de mais empresas vai manter a atividade petrolífera no Estado, além de criar oportunidades de negócios e empregos. As cifras envolvidas impressionam: R$ 130 bilhões na fase desenvolvimento e R$ 100 bilhões na produção, num período de 25 anosLegislação no trabalho offshoreSegundo a CLT e a jurisprudência consolidada, o empregador é responsável por oferecer o transporte adequado até o local de trabalho quando este está localizado em áreas de difícil acesso ou não servidas por transporte público regular.Essa obrigação se aplica diretamente às empresas que operam plataformas e outras instalações offshore, uma vez que o deslocamento até essas regiões depende de meios específicos, principalmente helicópteros. O tempo de deslocamento para a unidade offshore, em geral, deve ser computado na jornada de trabalho.As escalas de trabalho duram 14 dias. No caso da Petrobras, as folgas tem duração de 21 dias, e de empresas privadas, duram 14 dias. A lei determina que a jornada de trabalho não deve ultrapassar 15 dias consecutivos de embarque, visando proteger a saúde dos trabalhadores.Fonte: Findes, ANP, Petrobras, Durval Vieira de Freitas e pesquisa A Tribuna.