Expo Minera Nordeste reúne participantes em Natal para debater mineração no Nordeste

A Expo Minera Nordeste começa nesta terça-feira 6 e segue até quinta-feira 8 no Centro de Convenções de Natal. O evento deve reunir cerca de mil participantes em uma programação que inclui feira gratuita aberta ao público e congresso técnico com palestras pagas. Segundo Caio Fernandes, presidente da comissão organizadora, esta é a primeira edição da iniciativa idealizada pela Associação dos Engenheiros de Minas do Rio Grande do Norte, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec).

“O Expo Minera Nordeste surgiu a partir de uma iniciativa da Associação dos Engenheiros de Minas do Estado do Rio Grande do Norte. A nossa ideia é que esse evento seja itinerante e a gente possa ampliar essa discussão cada vez mais para o Nordeste inteiro”, explicou Fernandes, em entrevista à 94 FM nesta segunda-feira 5. Estão confirmadas presenças de representantes de 18 estados brasileiros.

A feira, voltada à exposição de projetos e soluções do setor, estará aberta ao público das 14h às 21h. “A feira vai funcionar sempre no horário da tarde. Nós vamos ter os principais projetos e empresas de mineração do Rio Grande do Norte presentes no nosso evento”, informou o presidente. O congresso técnico, que ocorre durante todo o dia, é pago e conta com palestrantes de diversas regiões do país. As inscrições estão disponíveis no site oficial do evento.

Sobre a situação da mineração no estado, Fernandes afirmou que o Rio Grande do Norte possui tradição e potencial em diversos segmentos. “A indústria do cimento é parceiríssima da indústria mineral. O calcário que é usado para o cimento é explorado através de mineração. A região ali de Baraúna, Mossoró, agora também em Currais Novos, tem sido bastante explorada”, citou.

Projetos mais recentes têm se voltado à exploração de bens minerais ligados à transição energética, como o lítio e os elementos de terras raras. “Existem várias empresas nacionais e internacionais pesquisando o lítio aqui no Rio Grande do Norte. Também temos projetos de minério de ferro e um projeto de ouro que está iniciando já em Currais Novos”, disse. Fernandes lembrou que o estado já é conhecido pela exploração da scheelita, utilizada na indústria bélica e em grande parte exportada. “A mineração é responsável por quase 50% do saldo da balança comercial brasileira”, acrescentou.

De acordo com ele, o maior investimento mineral do Nordeste está concentrado na Bahia, mas o Rio Grande do Norte vem avançando em pesquisas. “Foram feitos R$ 122 milhões em investimentos em pesquisa mineral aqui no Rio Grande do Norte entre 2003 e 2022”, informou, com base em dados da Agência Nacional de Mineração.

Fernandes defendeu que o setor precisa melhorar sua comunicação com a sociedade. “Falta união e estratégia na hora de comunicar, principalmente os impactos positivos da nossa atividade”, afirmou. Ele estima que apenas um projeto como o de Currais Novos, ou outro em implantação em Tangará, “tende a gerar em torno de 2 mil empregos diretos e em torno de 15 a 20 mil empregos indiretos”.

A organização do evento pretende realizar novas edições nos próximos anos, em diferentes estados. “Acredito que vai ser um sucesso e a gente espera estar aqui nas próximas edições também para conversar um pouco sobre como foi essa edição passada e principalmente as expectativas para a mineração no Nordeste e no Rio Grande do Norte para os próximos anos”, concluiu.

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