Os servidores técnico-administrativos da UFRN e da UFRN vão realizar uma paralisação nesta segunda-feira (5), como forma de pressionar o governo a cumprir integralmente o acordo de greve fechado no ano passado.
Além disso, em assembleia, servidores da Ufersa também aprovaram um estado de greve. A deliberação ocorreu em assembleia nesta quarta-feira (30). Os servidores da UFRN já haviam aprovado o mesmo dispositivo em 28 de março. A ação serve como uma fase de alerta e mobilização aprovada pelos trabalhadores para sinalizar a possibilidade de deflagração de uma greve. Diferente do indicativo e da greve em si, ele permite a reflexão, debate e organização em torno das reivindicações da categoria.
A decisão seguiu orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical), entidade que une o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest-RN) e outros sindicatos Brasil afora.
“O intuito da paralisação é cumprir um calendário de pressão para termos nossos pontos acordados efetivamente em nosso cotidiano, além do reajuste, as acelerações, as 30h, o reposicionamento dos aposentados”, explica Wellington Soares, da coordenação jurídica do Sintest-RN.
“As paralisações são necessárias para mobilizarmos a base para uma greve, caso não tenhamos atendidos os pontos do acordo”, continua.
No mesmo dia da paralisação, está prevista uma reunião entre a FASUBRA e o Ministério da Educação (MEC). O prazo final para que o Executivo viabilize os instrumentos necessários à efetivação dos pontos pendentes do acordo é 31 de maio.
A categoria busca pressionar o governo federal pelo cumprimento integral do acordo de greve, firmado em 2024, que inclui reestruturação da carreira, condições de trabalho, 30h, RSC para todos, reposicionamento dos aposentados, regra de transição das acelerações, entre outros pontos.
“Segunda haverá reunião com o MEC, daí a paralisação, assim como dia 12 que haverá reunião novamente”, diz Wellington Soares, da coordenação jurídica do Sintest-RN.
No caso da Ufersa, durante a avaliação de conjuntura na assembleia, a categoria ressaltou a importância de se manter vigilante diante do que consideraram uma morosidade do governo no não cumprimento do acordo. Por isso, reforçaram a necessidade de continuar a mobilização, com a aprovação do estado de greve e a realização da paralisação.
“Vai fazer um ano e o governo ainda não cumpriu o acordo de forma integral. Depois de anos no serviço público, nunca vi tamanha morosidade para cumprir um acordo”, disse a servidora Rudna Angélica.
Os servidores também destacaram a necessidade de manter uma pressão organizada e contínua sobre o Parlamento, a fim de garantir a aprovação da medida provisória ou do projeto de lei que trate da reestruturação da carreira.
A coordenadora do SINTEST, Kaliane Morais, relembrou as conquistas da última greve, que durou mais de 100 dias.
“A greve é o único meio de conquistas. Os 9% de reajuste foram obtidos com muita luta, por isso precisamos de um sindicato fortalecido”, afirmou.
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