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Programação diversaAo reunir estudantes, professores, autores e leitores em torno do livro e da palavra, as feiras literárias têm se consolidado como espaços potentes de troca de saberes e de circulação da produção literária baiana.A programação contempla desde comunidades quilombolas e indígenas até grandes centros urbanos, promovendo uma ampla diversidade de vozes e narrativas. Agora em maio, o destaque vai para a II Feira Internacional de Serrinha (06 a 10/05), além de encontros em Santa Cruz Cabrália, Ibiassucê, Amargosa, Serrolândia e Paulo Afonso, entre outros municípios.No mês de junho, Ilhéus realiza a sua já tradicional feira literária (05 a 07/06), acompanhada de programações em Porto Seguro, Bom Jesus da Lapa, Itaberaba e Cafarnaum. Já em julho, os festivais se espalham por localidades como Itapetinga, Euclides da Cunha, Correntina, Alagoinhas, São Francisco do Conde, Valença (Guaibim), Canudos e Jacobina. A programação inclui ainda edições estudantis e festivais temáticos, como o Sarã Nakíyã, em Porto Seguro, e o Encantos e Saberes da Cultura Afro-brasileira, em Itapetinga. O calendário se estende até o fim de julho, com a III Festa Literária de São José do Jacuípe (28 a 30/07) e a II Feira Literária de Itapetinga (31/07 a 02/08).A pioneira ‘Fligê’De 13 a 17 de agosto, acontece a Feira Literária de Mucugê (Fligê), evento anual realizado desde 2016 que celebra a literatura com apresentações culturais, rodas de conversa e atividades voltadas para o público estudantil.Segundo Ester Figueiredo, uma das organizadoras, a feira se destaca por sua curadoria, que valoriza a centralidade da autoria literária, da obra e da formação de leitores, com ênfase nas trocas intergeracionais e no diálogo com outras linguagens artísticas. “A Fligê foi uma das primeiras feiras literárias do interior da Bahia, descentralizando o eixo Capital/Recôncavo e se tornando um espaço formativo para agentes culturais e curadores. Já na primeira edição, em 2016, foi criado o Fórum da Rede Colaborativa de Curadoria Literária, que inspirou a realização de outros eventos com esse mesmo foco na valorização do autor, da obra e do encontro com o público leitor”, destaca.Neste ano, a feira traz como tema “Literatura: rios e matas da narrativa”, propondo reflexões sobre a sobrevivência humana e a emergência climática por meio da arte da palavra. “Projetamos um catálogo de convidados cuja produção ficcional dialoga com esse recorte, mas o tema é apenas uma orientação – a programação não se limitará exclusivamente a ele. Ainda estamos na fase de pesquisa literária e redefinição do enquadre curatorial”, explica a organização.A Fligê já recebeu nomes de destaque nacional, como Conceição Evaristo, Itamar Vieira Júnior e Elisa Lucinda, além de autores e autoras baianas. “Os eventos literários são também porta aberta para a descoberta de muitos jovens talentos, já que eles são presença ativa, são parte do evento. Presente nesses espaços, eles têm a possibilidade de se inspirar nos grandes escritores, nos escritores locais, ali, do Território de Identidade em que ele vive, fortalecendo a cultura como um todo”, finaliza Sandro Magalhães.*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.