O Ministério da Cultura do Peru anunciou, na última semana, a descoberta de uma tumba excepcional no sítio arqueológico de Áspero, uma antiga cidade pesqueira associada à civilização Caral, que prosperou entre 3000 e 1800 a.C. A tumba foi encontrada no edifício conhecido como “Huaca de los Ídolos” e contém os restos de uma mulher de aproximadamente 20 a 35 anos, surpreendentemente preservados.Conteúdo RelacionadoEstátua milenar mostra homem segurando pênis na TurquiaRatos mumificados são achados no topo de vulcões andinosAlpinista americano é encontrado mumificadoDe acordo com os arqueólogos, a mulher foi sepultada envolta em tecidos de algodão e esteiras de junco, adornada com um painel bordado com penas de arara, um dos mais antigos exemplos de arte plumária já registrados na Cordilheira dos Andes. Sobre sua cabeça, repousava um cocar de fibras trançadas, indicando seu status elevado dentro da sociedade.
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O enxoval funerário reforça essa interpretação: foram encontrados cestos de junco, uma agulha esculpida, uma concha de caracol da Amazônia, instrumentos de tecelagem, uma rede de pesca, trinta batatas-doces e até um bico de tucano enfeitado com contas coloridas. No nível superior da tumba, havia ainda mates em forma de garrafa e uma cesta cuidadosamente disposta sobre uma esteira vegetal.Segundo os pesquisadores, a complexidade e riqueza dos artefatos sugerem que a mulher ocupava uma posição de prestígio, possivelmente exercendo funções políticas ou religiosas relevantes — hipótese que contribui para a ideia de que, na civilização Caral, mulheres poderiam alcançar altos cargos de autoridade.Como a sociedade Caral não desenvolveu um sistema de escrita conhecido, arqueólogos dependem de evidências materiais para entender sua organização social e modo de vida. Cada nova descoberta é, portanto, crucial para desvendar os mistérios dessa civilização.
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O sítio de Áspero, localizado a apenas 700 metros do Oceano Pacífico e abrangendo uma área de quase 19 hectares, vem sendo escavado desde 2005. Na mesma região já haviam sido identificados outros dois sepultamentos notáveis: a “Dama dos Quatro Tupus” (2016) e o “Homem de Elite” (2019), o que sugere que a área foi um importante centro funerário para indivíduos de alta hierarquia.Quer saber mais de curiosidades? Acesse o nosso canal no WhatsAppAlém de sua importância funerária, Áspero oferece evidências de uma economia baseada na pesca e no comércio de longa distância, refletindo redes de troca pacíficas que conectavam a costa, a serra e a floresta.
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O enxoval funerário reforça essa interpretação: foram encontrados cestos de junco, uma agulha esculpida, uma concha de caracol da Amazônia, instrumentos de tecelagem, uma rede de pesca, trinta batatas-doces e até um bico de tucano enfeitado com contas coloridas. No nível superior da tumba, havia ainda mates em forma de garrafa e uma cesta cuidadosamente disposta sobre uma esteira vegetal.Segundo os pesquisadores, a complexidade e riqueza dos artefatos sugerem que a mulher ocupava uma posição de prestígio, possivelmente exercendo funções políticas ou religiosas relevantes — hipótese que contribui para a ideia de que, na civilização Caral, mulheres poderiam alcançar altos cargos de autoridade.Como a sociedade Caral não desenvolveu um sistema de escrita conhecido, arqueólogos dependem de evidências materiais para entender sua organização social e modo de vida. Cada nova descoberta é, portanto, crucial para desvendar os mistérios dessa civilização.
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O sítio de Áspero, localizado a apenas 700 metros do Oceano Pacífico e abrangendo uma área de quase 19 hectares, vem sendo escavado desde 2005. Na mesma região já haviam sido identificados outros dois sepultamentos notáveis: a “Dama dos Quatro Tupus” (2016) e o “Homem de Elite” (2019), o que sugere que a área foi um importante centro funerário para indivíduos de alta hierarquia.Quer saber mais de curiosidades? Acesse o nosso canal no WhatsAppAlém de sua importância funerária, Áspero oferece evidências de uma economia baseada na pesca e no comércio de longa distância, refletindo redes de troca pacíficas que conectavam a costa, a serra e a floresta.