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De janeiro de 2023 a maio de 2024, o INSS recebeu cerca de 1,9 milhão de solicitações para exclusão de mensalidades ou para bloqueio e desbloqueio de descontos. Esse volume representa 16,6% do total de requerimentos apresentados ao órgão no período.Os técnicos estimaram que a conclusão dessas demandas exigiria o equivalente a 49.045 dias de trabalho de um servidor com jornada de oito horas diárias.A auditoria também apontou que cerca de 90% dos requerimentos indicam que os beneficiários não autorizaram os descontos. De acordo com o relatório, mais de 1 milhão de pedidos poderiam ter sido evitados se as normas para obtenção do consentimento dos beneficiários tivessem sido devidamente cumpridas.Impacto com fraude no INSSO levantamento interno do INSS também destacou o prejuízo financeiro causado pelos descontos irregulares. Segundo a auditoria, os custos operacionais relacionados a essas operações chegaram a R$ 5,9 milhões.Apesar de os acordos firmados preverem que os custos deveriam ser pagos pelas associações, a falta de contrato direto com a Dataprev — empresa de tecnologia da Previdência Social — fez com que os gastos fossem assumidos pelo próprio INSS. A Dataprev confirmou que cobra R$ 0,10 por cada consignação processada e que o valor foi definido pela autarquia.O INSS informou que não comenta decisões judiciais em andamento. Em nota divulgada após a operação, o instituto esclareceu que, das 11 entidades investigadas, apenas uma firmou acordo em 2023. O órgão destacou ainda que “os descontos vinham ocorrendo em governos anteriores”.