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Assessores presidenciais informaram à CNN que o critério do presidente para afastamentos segue o mesmo: o surgimento de elementos graves ou a apresentação de denúncia formal pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ainda não há denúncia formal contra Lupi.Além da questão jurídica, a permanência de Lupi também passa por um dilema político. O ministro é presidente honorário do PDT, partido que apoiou Lula no segundo turno de 2022. Para 2026, a sigla ainda não definiu se apoiará a reeleição do presidente ou se lançará candidatura própria, como no primeiro turno de 2022.A avaliação de assessores do governo é de que um afastamento de Lupi pode fortalecer o grupo no partido, liderado por Ciro Gomes, que é opositor ao governo petista, e, eventualmente, empurrar a legenda para uma candidatura própria contra a reeleição do presidente petista.AlertaO ministro foi alertado em junho de 2023 sobre os indícios de irregularidades, durante reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Porém, a primeira medida do INSS só foi tomada em março de 2024, quando o órgão publicou novas regras para que as associações fizessem os descontos nas aposentadorias.O esquema veio a público com a Operação Sem Desconto, deflagrada na quarta-feira, 23, pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com as investigações, os desvios originados de descontos ilegais em aposentadorias e pensões ocorreram entre os anos de 2019 e 2024, podendo chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme é estimado.Com o decorrer da operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado inicialmente e, em seguida, demitido do cargo.