A Assembleia de Deus Missão recebeu nesta sexta-feira (25) a ação “Mãos Solidárias”, promovida pela Faculdade Anhanguera em parceria com a Defensoria Pública, o Judiciário e organizações sociais. Os atendimentos foram realizados na sede da igreja, na Folha 33, Nova Marabá, das 8 às 14 horas, com distribuição de senhas e acolhimento dos moradores.
Dezenas de pessoas foram atendidas gratuitamente com serviços nas áreas de saúde, assistência jurídica, mediação de conflitos, psicologia, vacinação de pets, entre outros serviços.
O Correio de Carajás esteve no local e conversou com Raquel Viegas, advogada e uma das voluntárias do projeto que falou do papel social da igreja junto às outras instituições. “Juntamos o Ministério Público, a Faculdade Anhanguera e a Assembleia de Deus para fazer essa ação. Cedemos o espaço com todo carinho”, afirmou, destacando o caráter inclusivo da iniciativa. “Aqui nós não estamos levantando bandeira de denominação. Estamos atendendo a todos, fazendo o bem sem olhar a quem. Esse é o papel de todo ser humano”, diz Raquel.

ACADÊMICOS E COMUNIDADE
Responsável pela iniciativa do evento, Simone Ottoni, coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Anhanguera, destacou a importância do evento para a formação acadêmica e para a comunidade. “O nosso objetivo é levar serviço de qualidade para a comunidade, como uma forma de agir positivamente, e ao mesmo tempo possibilitar para os nossos alunos aliar a teoria que eles veem na academia com a prática”, evidencia.

A ação também contou com a presença da juíza Renata Guerrero Milhomem, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Sejusc), que falou sobre a importância de levar a justiça para fora do fórum. “A nossa participação consiste em realizar mediações e conciliações a fim de encontrar um acordo entre as partes e com a sua respectiva homologação”, explica.

Segundo ela, o modelo de atendimento aproxima o judiciário da população. “Isso permite que o jurisdicionado tenha o acesso à justiça facilitado, sem custas, sem nenhum tipo de despesa e com celeridade efetiva”.
DEFENSORIA EM AÇÃO
A Defensoria Pública também teve papel central no evento. O defensor público José Erickson Ferreira Rodrigues, coordenador da Regional Carajás, destacou a relevância da iniciativa para adiantar processos da população. “Existe uma grande demanda para resolver questões tanto no âmbito do direito de família quanto no âmbito de registro civil. São ações que as pessoas estão procurando ser resolvidas aqui”, diz.

Segundo José Erickson, a Defensoria reestruturou parte da sua agenda para participar do evento. “A demanda é muito grande. A gente deslocou cerca de 100 pessoas do nosso agendamento regular para poder concentrá-las nessa ação. Isso corresponde a uma antecipação de um número substancial de atendimentos que só seriam feitos daqui 30 ou 60 dias”, conclui.
Estudante do sétimo período de Direito da Anhanguera, Diego Costa, ressalta o aspecto de aprendizado e ação solidária. “Estamos aqui para fazer um elo entre a comunidade e a justiça. Colocar em prática o que é apresentado em sala de aula, trazer para o externo e ver as demandas. Aprendemos a ver as necessidades da comunidade”, finaliza.

A ação uniu educação, fé, serviço público e solidariedade com o objetivo de oferecer cidadania na prática.
(Milla Andrade)
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