Otimismo e progresso

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, encontrou números animadores em recente estudo, destacando-se o crescimento de 6,9% nos investimentos brutos, reunindo estoque, reposição ou variação de bens de capital.Bem entendido ou acessível para os universitários, o fato mais fácil de entender é o efeito de aquecimento da economia a curto prazo, e mais, a construção de estradas, fábricas, sistemas logísticos, energia limpa, enfim, uma atualização necessária à competitividade.A linguagem pode sugerir a configuração de um cenário numérico de difícil acesso, mas vale a confiabilidade no ilibado instituto, divulgando, em outra notícia alvissareira, novo ponto ganho: o “estoque de capital” aumentou 1,5%, sinalizando impulso na capacidade produtiva.O resultado é o melhor desde 2014, detentor do recorde, e representa uma expansão de três vezes o placar de 2023, abrindo a picada para enxergar melhor o cenário econômico mais à frente, a oferecer a carta do progresso.Para os não-iniciados, “estoque de capital” é como se convencionou chamar o conjunto de bens duráveis usados para produzir bens e serviço: as máquinas e equipamentos e a infraestrutura, indicando uma suposta expansão de empregos com salários mais atraentes.Na cartilha atualizada d’O Capital, em tempos de “insta” e “whats”, este cenário aponta para o incentivo à inovação, gerando um capitalismo saudável, dotado de empresas competitivas disputando mercado e abrindo postos de trabalho.Merece ser citado, por fim, o “investimento líquido”, traduzindo o acumulado em capital novo, descontando a depreciação. O aumento nesta rubrica alcançou 150%, em novo indicativo de reconstrução econômica.Para colocar a última pá de cal no pessimismo, a depreciação (medida de deterioração do estoque com o tempo) teve redução, completando o boletim nota 10.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.