A defesa do influencer digital Vinicius Oliveira Santos, 16 anos, o Boca de 09, reafirmou que o jovem não tem envolvimento com nenhum grupo criminoso na Bahia, tampouco no Rio de Janeiro.Em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, o advogado Filipe Dias falou ainda que o fato de o adolescente aparecer em uma imagem nas redes sociais usando a corrente, que foi apontada como sendo do traficante Gravetinho, o GVT do Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, não passou de uma mal entendido.O homem, que também é conhecido com Gênio, seria líder do tráfico de drogas do Morro da Congonha, em Madureira, bairro da zona norte da capital carioca.Na fotografia, o jovem aparece ainda com dois dedos da mão esquerda suspensos, o que levantou a discussão sobre ele estar fazendo o simbolo da facção CV, representada pelo número dois. Na Bahia, a facção rivaliza com o Bonde do Maluco (BDM), organização identificada pelo numeral três.”Existem diversos influenciadores que possuem cordões, assim, exagerados. Vinicius, por ser uma pessoa muito famosa, ele é constantemente solicitado pelas pessoas para que tirem fotos com ele. Uma das pessoas, além de tirar a foto, colocou no pescoço dele um cordão. Ele não fazia ideia de quem era, a quem pertencia aquele cordão, aquele acessório”, explicou Dias. O registro foi feito no último domingo, 20, em um baile funk, no Complexo de Alemão, no Rio de Janeiro. Com relação ao suposto sinal da facção, o defensor, mais uma vez, negou o fato e disse que é comum o influencer postar em suas redes fotos com os dedos suspensos.”Na realidade, é um sinal absolutamente inocente também que ele faz em diversas outras fotos dele. E se for parar para analisar, ele levanta os dois dedos, o indicador e o do meio, mas ele levanta também o mindinho [dedo], como ele faz em diversas outras fotos. É a forma como ele tira a foto. Então, assim, nada passou de um engano, de um ato inocente por parte dele. Vinícius não tem nenhum tipo de envolvimento [com o crime] e repudia completamente qualquer tipo de apologia ao crime organizado ou algo nesse sentido”, esclareceu o advogado.Questionado se o jovem havia sido ameaçado após ter postado a imagem, Dias disse que apenas por mensagens nas redes sociais. “Até esse momento foram comentários de pessoas nas redes sociais que, de um lado, alertavam ele a respeito do risco, outros, enfim, iam além e até diziam que ele tinha de alguma forma sido marcado a partir disso e que ele estava correndo risco de vida. Uma ameaça concreta, eu posso lhe assegurar que o Vinícius nunca recebeu. E na realidade, eu acredito que se ele não tivesse tirado a foto com o cordão, que eu já falei que ele não sabia de quem aqui pertencia. Eu tenho absoluta certeza de que o gesto que ele fez com a mão passaria absolutamente despercebido, assim como passou em diversas outras fotos dele. Não é nem um “Tudo Dois”, nem um “Tudo Três”, reafirma o defensor.
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Diante das postagens ameaçadoras, o advogado revelou que, por ora, não cogita registrar ocorrência em uma unidade policial, no entanto, não desconsidera essa possibilidade e, inclusive, analisa acionar judicialmente algumas pessoas. “E assim, ações concretas contra determinadas pessoas vão ser analisadas ainda com todo o cuidado necessário. A gente não descarta a possibilidade de entrar com ações judiciais, se o Vinícius também tiver interesse em fazer isso. E o registro e o boletim de ocorrência, a princípio, não é o que a gente pretende fazer, mas a gente também não descarta essa possibilidade”, concluiu ele.