Senador petista defende programas sociais após fala de Rogério Marinho

A reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que ouviu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, nesta terça-feira (22), foi marcada também por um debate entre o líder do PT na Casa, Rogério Carvalho (PT-SE), e o líder da Oposição, Rogério Marinho (PL-RN), acerca dos programas sociais do governo federal. 

Galípolo foi ao Senado falar sobre as diretrizes, a implementação e as perspectivas da política monetária. As audiências regulares com o presidente do Banco Central estão previstas no Regimento Interno do Senado e devem acontecer pelo menos quatro vezes ao ano — nos meses de fevereiro, abril, julho e outubro — e, nas inscrições dos senadores, outros assuntos foram abordados, como o debate que envolveu os programas sociais.

“Nós somos um país que tem uma deformação clara. Qual é o número de desalentados que existem no Brasil, que sequer procuram emprego, mas deveriam estar na PEA (População Economicamente Ativa) e que estão sendo contemplados por programas sociais? Se você pegar outro país e comparar conosco, com o Brasil nas mesmas condições, você vai ver que há uma distorção evidente no nosso mercado de trabalho”, disse, primeiro Rogério Marinho.

Minutos depois, o inscrito foi Rogério Carvalho, líder do PT no Senado, que defendeu o arcabouço fiscal do governo Lula e aproveitou para criticar o teto de gastos realizado no governo Temer, “que contraiu e contorceu, tirando riqueza da população mais pobre do Brasil, levando 30 milhões à fome e à miséria”, nas palavras do petista.

“É porque a gente tem uma memória muito curta! Ou a gente não lembra que a gente tinha um Bolsa Família estruturado, que foi desestruturado, que depois veio o Renda Brasil, que depois virou esse Bolsa Família que a gente está vivendo hoje? Porque não era um programa para resolver criança na escola, para poder tirar as pessoas da fome… Era para poder ganhar as eleições de 2022! E perderam. Mesmo com isso, perderam! Mas ficou um legado que a gente precisa remodelar, não é diminuir a renda, mas remodelar, reempacotar, redefinir como vai se dar esse novo programa que, no Brasil, não é mais uma bolsa, é um programa de renda básica, de renda familiar mínima. Ou seja, nós estamos falando de uma outra coisa, é quase um BPC que foi introduzido através do novo Bolsa Família”, disse.

“Então, a gente precisa rediscutir todas essas questões e definir, dos lugares certos, para que a gente saiba qual é o tamanho deste país, e dizer que este país é, de fato, o país que mais transfere renda para pobres, muito pobres e para muito ricos. Porque ninguém nesta Casa, com exceção de poucos, foi contra acabar com as desonerações fiscais. Aqui nesta Casa, quando se trata de tirar dinheiro dos mais ricos, todo mundo é contra. Quando se trata de garantir renda e direito dos mais pobres, que está na Constituição, uma grande parte é contra, então, a gente precisa ter um equilíbrio”, continuou.

No Instagram, uma publicação do PT no Senado escreveu que Rogério Carvalho acabou “com argumentos preconceituosos de senador bolsonarista sobre os beneficiados por programas sociais”, se referindo a Marinho.

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