A ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) afirmou nesta quarta-feira (23) que a segunda edição do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) deve abrir cerca de 3.000 vagas neste ano e que as inscrições devem ocorrer em junho.
Dweck disse também que o termo de referência para a escolha da banca do próximo concurso está pronto e deve ser publicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o início da próxima semana. “Lá vai estar previsto o número de vagas, e a gente vai também divulgar quais serão as vagas”, afirmou a ministra em evento promovido pela CNN Brasil, em Brasília.
Na primeira edição do certame, o termo de referência foi publicado em novembro de 2023 e o edital saiu dois meses depois. Neste ano, o CNU terá um edital unificado para todos os blocos temáticos.
Outra novidade da prova é a inclusão de códigos de barras, visando reduzir erros ocorridos no último concurso.
Segundo a chefe da pasta, duas carreiras novas serão contempladas na próxima edição do CNU, uma ligada à área de defesa e segurança pública, e outra voltada a desenvolvimento socioeconômico. Ainda de acordo com Dweck, a faixa salarial dessas carreiras vai variar entre cerca de R$ 10 mil e R$ 21 mil.
“São duas carreiras que estão complementando as nossas carreiras transversais, que é a nossa visão do serviço público brasileiro. A gente acha que tem que ter poucas carreiras, transversais e que possam atuar nos diversos ministérios”, disse.
“A gente já teve algumas autorizações na área da saúde e da área administrativa também, que vão estar dentro do concurso público nacional unificado”, acrescentou.
De acordo com Dweck, também será publicado, entre quarta a quinta (24), o ato que formaliza a entrada no serviço público de quase 4.300 pessoas que foram aprovadas na primeira edição do CNU e não têm curso de formação. “A gente vai publicar a autorização de provimento para que elas possam ingressar no serviço público brasileiro nas próximas semanas, de preferência”, afirmou.
O primeiro CNU, ocorrido em agosto do ano passado, foi o maior concurso público da história. Foram 2,1 milhão de inscritos, dos quais 970 mil fizeram a prova. Os candidatos disputaram 6.640 vagas para 21 órgãos federais, com salários iniciais de até R$ 22,9 mil. Mais da metade (52%) dos aprovados não tem experiência no setor público.